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EUA diz que próxima semana será 'crucial' para acordo sobre guerra na Ucrânia

Secretário de Estado americano diz que decisão sobre continuidade das negociações será tomada em breve

Guerra na Ucrânia: EUA pressionam Rússia e Ucrânia para acordo de paz nos próximos dias (Nathan Howard/AFP)

Guerra na Ucrânia: EUA pressionam Rússia e Ucrânia para acordo de paz nos próximos dias (Nathan Howard/AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 27 de abril de 2025 às 17h28.

A próxima semana será crucial para determinar se Rússia e Ucrânia estão prontas para chegar a um acordo que ponha fim à guerra, declarou neste domingo o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio.

O presidente americano Donald Trump está exercendo intensa pressão para conseguir a interrupção das hostilidades na Ucrânia o mais breve possível, e mostra cada vez mais impaciência com Kiev e Moscou.

Trump se reuniu com seu par ucraniano, Volodimir Zelensky, em Roma no sábado, em paralelo ao funeral do papa Francisco, e expressou suas dúvidas sobre a disposição do presidente russo Vladimir Putin para resolver o conflito na Ucrânia.

"Estamos perto [de um acordo], mas não o suficiente", disse Rubio neste domingo em entrevista à emissora americana NBC.

"Acho que esta semana será crucial [...] teremos que decidir se queremos seguir participando deste esforço ou se é hora de nos concentrarmos em outros assuntos igualmente importantes, ou inclusive mais importantes em alguns casos", concluiu.

Caminhos para a paz

O titular da diplomacia americana voltou a considerar que existem "razões para o otimismo, mas também para o realismo" sobre as possibilidades de um acordo, três anos depois da invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022.

Também reiterou que "não há uma solução militar" para a guerra. "A única solução para esta guerra é um acordo negociado", no qual cada parte terá que fazer concessões, insistiu.

O assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Mike Waltz, entrevistado neste domingo pelo canal americano Fox News, coincidiu com Rubio ao relatar que "houve várias conversas sobre o terreno" com Kiev e Moscou, mas não ofereceu mais detalhes.

Em entrevista para a revista Time divulgada na sexta-feira, Trump afirmou que a Rússia ficaria com a Crimeia, a península ucraniana anexada em 2014 e cujo reconhecimento como território russo é mencionado, segundo informações da imprensa americana, na proposta de acordo de Washington.

A Crimeia "pertence" à Ucrânia, insistiu, em contrapartida, Zelensky na sexta-feira.

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