Mundo

EUA destruirão armas químicas mais perigosas da Síria no mar

As substâncias devem sair da Síria antes do fim de ano e serem eliminadas até março de 2014

Membros de forças leais ao presidente da Síria, Bashar al-Assad, caminham na cidade de Safira (George Ourfalian/Reuters)

Membros de forças leais ao presidente da Síria, Bashar al-Assad, caminham na cidade de Safira (George Ourfalian/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2013 às 09h08.

Bruxelas - Os Estados Unidos assumirão a responsabilidade pela destruição das substâncias químicas mais perigosas do arsenal sírio, processo que será realizado a bordo de uma embarcação, anunciou neste sábado a Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq).

As substâncias devem sair da Síria antes do fim de ano e serem eliminadas até março de 2014, de acordo com o plano acertado entre os membros da organização com sede em Haia (Holanda).

A Opaq explicou por meio de um comunicado que os Estados Unidos 'ofereceram a tecnologia de destruição, total apoio operacional e financiamento para neutralizar as substâncias químicas prioritárias da Síria'.

'As operações de destruição serão realizadas no mar a bordo de um navio americano utilizando hidrólise. Atualmente uma embarcação da marinha está sendo modificada para as operações e para receber as atividades de verificação por parte da Opaq', afirmou a organização.

O restante dos produtos químicos acumulados pelo regime de Bashar al Assad serão eliminados posteriormente por empresas privadas.

A Opaq explicou que até 35 companhias demonstraram interesse no projeto e agora serão avaliadas para definir quais assumirão as tarefas, que incluem a neutralização de substâncias químicas de uso comum na indústria.

'As companhias que desejam participar do processo de eliminação deverão cumprir com todas as regulações internacionais e nacionais aplicáveis em relação à segurança e meio ambiente', explicou a Opaq.

A organização, que criou um fundo para financiar o processo, estimulou os países-membros a contribuírem economicamente.

'Antes de iniciar qualquer processo devemos estar seguros que teremos fundos suficientes para enfrentar os custos da destruição', afirmou o diretor-geral da Opaq, Ahmet Umzucu.

A oferta dos Estados Unidos de assumir a destruição das armas consideradas prioritárias chega depois que vários países rejeitaram eliminá-las em seu território, entre eles a Albânia, que se opôs na última hora diante dos protestos da população.

A destruição do arsenal químico faz parte do plano negociado por Washington e Moscou para eliminar essa ameaça da Síria, que o regime de Damasco aceitou para evitar um ataque internacional contra o país. EFE

Acompanhe tudo sobre:Armas químicasSíria

Mais de Mundo

Após encontro entre Trump e Zelensky, exército russo diz que recuperou controle de região na Ucrânia

Santa Maria Maior acolhe neste sábado túmulo de Francisco, santuário escolhido por ele em vida

Homilia cita frase do papa 'construir pontes e não muros' diante de Trump e outros líderes

Trump na 1ª fila, Milei em 'área VIP': Como Vaticano organizou assentos no funeral do papa