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EUA descartam evacuação de refugiados no Iraque

País considera muito menos provável a evacuação por terra ou ar dos milhares de civis deslocados no monte Sinjar

Membros da minoria yazidi fugindo da violência das forças leais ao Estado Islâmico (Rodi Said/Reuters)

Membros da minoria yazidi fugindo da violência das forças leais ao Estado Islâmico (Rodi Said/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 13 de agosto de 2014 às 23h00.

Washington - Os Estados Unidos consideram agora "muito menos provável" a evacuação por terra ou ar dos milhares de civis deslocados no monte Sinjar, no norte do Iraque, após a última avaliação no terreno da situação, motivo pelo qual se limitará a proporcionar-lhes ajuda humanitária.

"Nossa equipe constatou que há muitos menos yazidis no monte Sinjar do que esperávamos. E estão em melhores condições do que pensávamos graças ao acesso à água e aos alimentos que lhes proporcionamos", explicou hoje em comunicado o almirante John Kirby, porta-voz do Departamento de Defesa americano.

Poucas horas antes o assessor adjunto de segurança nacional da Casa Branca, Ben Rhodes, tinha anunciado que os Estados Unidos decidirão "em questão de dias" se organizam um resgate dos milhares de civis deslocados no monte Sinjar.

O Pentágono considera que essa missão de evacuação é agora "muito menos provável" depois da avaliação efetuada em Sinjar por uma reduzida equipe de assessores militares, menos de 20 do total de 129 que chegaram ontem a Erbil, a capital da região autônoma do Curdistão iraquiano.

Os soldados têm a missão de determinar como ajudar as cerca de 40 mil pessoas, em sua maioria yazidis curdos e cristãos, que ainda estão presas no monte Sinjar e com necessidade urgente de água, comida, refúgio e remédios.

O porta-voz do Pentágono explicou que os refugiados são menos que os estimados até o momento, mas não detalhou o novo número.

Porém, explicou que a queda do número de civis presos em Sinjar se deve "à ajuda humanitária, aos bombardeios seletivos efetuados há seis dias pelo Pentágono sobre posições do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) no norte do Iraque e à capacidade de milhares de yazidis de escapar a cada noite durante os últimos dias".

O total de militares americanos no Iraque chega agora a 864, um número que inclui o último destacamento de 129 e os 300 que chegaram desde o início da crise em junho e ao qual devem somar-se outros 100 soldados que protegem a embaixada dos EUA no Iraque.

O Pentágono completou nesta quarta-feira seu sexto dia de bombardeios seletivos sobre posições jihadistas no norte do Iraque.

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