Estados Unidos: Mais de 130 residentes vinculados a crimes nazistas receberam prestações de seguridade social durante meio século (thinkstock)
Da Redação
Publicado em 31 de maio de 2015 às 16h55.
Nova York, 31 mai (EFE).- Mais de 130 residentes dos Estados Unidos vinculados com crimes nazistas receberam US$ 20,2 milhões em prestações de seguridade social durante meio século, informou neste domingo o jornal "The New York Times".
O dado está incluído em uma investigação realizada pela Administração de seguridade social que será divulgada nos próximos dias. Alguns dos pagamentos foram feitos em junho do ano passado, de acordo com as investigações.
O jornal, que cita fontes não identificadas que conhecem detalhes da investigação, diz que depois da Segunda Guerra Mundial milhares de antigos nazistas mudaram para os Estados Unidos e seus históricos não foram suficientemente revisados pelas autoridades.
Nos anos 60 e 70, dezenas destes antigos nazistas começaram a receber prestações de Seguridade Social, e foi só na década de 80 quando o Departamento de Justiça começou a investigá-los.
Então foram deportados antigos oficiais nazistas, guardas de campos de concentração e líderes de esquadrões de fuzilamento, diz o jornal.
Mas pelo menos 30 destas pessoas que foram deportadas já tinham recebido US$ 5,7 milhões em prestações de Seguridade Social antes que fossem deportadas.
O resto do dinheiro foi para outros antigos nazistas responsáveis pelas brutalidades que terminaram morrendo nos Estados Unidos, fugiram do país ou estão sendo investigados.
Quase todos os pagamentos foram feitos sob normas que existiam então e que só proibiam a entrega destas prestações de Seguridade Social se quem as recebia era deportado.
O Congresso dos Estados Unidos já aprovou uma norma que impede a concessão de prestações de Seguridade Social para que estiveram vinculados com crimes nazistas.