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EUA deixarão de reabastecer aviões da coalizão árabe na guerra do Iêmen

Conflito criou a maior crise humanitária do mundo, com 1,8 milhão de crianças que sofrem desnutrição aguda

Crianças morrem no Iêmen em ataque da coalizão liderada pela Arábia Saudita (Naif Rahma/Reuters)

Crianças morrem no Iêmen em ataque da coalizão liderada pela Arábia Saudita (Naif Rahma/Reuters)

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EFE

Publicado em 10 de novembro de 2018 às 12h34.

Washington - Os Estados Unidos deixarão de reabastecer com combustível os aviões da coalizão árabe, liderada pela Arábia Saudita, que combate os rebeldes houthis no Iêmen, informou neste sábado o secretário de Defesa americano, James Mattis.

"Apoiamos a decisão do Reino da Arábia Saudita, depois de consultar com o governo dos EUA, de utilizar as capacidades militares da coalizão para realizar o reabastecimento de combustível em apoio às suas operações no Iêmen", declarou Mattis em comunicado.

Esta decisão põe fim a um dos aspectos decisivos do apoio dos EUA à coalizão árabe em um conflito que criou a maior crise humanitária do mundo, com 1,8 milhão de crianças que sofrem desnutrição aguda, das quais 400.000 correm perigo iminente de morrer de fome.

"Todos estamos focados em apoiar a resolução do conflito, sob a liderança do enviado especial da ONU, Martin Griffiths", acrescentou Mattis, antes de assegurar que os EUA "continuarão trabalhando com a coalizão e o Iêmen para minimizar as vítimas civis e expandir os esforços humanitários urgentes em todo o país".

Previamente, a coalizão árabe tinha pedido aos EUA que cessassem o apoio de reabastecimento aéreo dos seus aviões, já que aumentaram sua capacidade para fazê-lo de forma independente, segundo informou hoje a agência oficial de notícias "SPA".

Além disso, a coalizão expressou sua "esperança de que as próximas negociações auspiciadas pela ONU em um terceiro país levem a um acordo negociado" para o final do conflito.

A decisão é divulgada no momento em que organizações que lutam pelos direitos humanos pediram a cessação da ajuda à Arábia Saudita na guerra no Iêmen devido à grave crise humanitária.

Além disso, Riad se encontra no ponto de mira devido ao assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi, que morreu nas mãos de um grupo de sauditas no consulado do seu país em Istambul, o que suscitou uma onda de indignação internacional.

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