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EUA deixam base aérea no Paquistão após erro letal da Otan

Uma operação da Otan no fim de novembro matou 24 soldados paquistanenses

Islamitas queimam no dia 27 de novembro em Lahore bandeira dos EUA: o governo paquistanês se recusa a participar na investigação sob controle dos americanos


 (Arif Ali)

Islamitas queimam no dia 27 de novembro em Lahore bandeira dos EUA: o governo paquistanês se recusa a participar na investigação sob controle dos americanos (Arif Ali)

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Da Redação

Publicado em 6 de dezembro de 2011 às 09h17.

Islamad - As tropas americanas estão abandonando uma base aérea no Paquistão por ordem do Exército paquistanês depois de uma operação da Otan no fim de novembro que matou 24 soldados.

Na semana passada, o comando do Exército paquistanês determinou a evacuação da base aérea de Shamsi (sudoeste), como represália pelo erro da Otan em 26 de novembro.

A base tem um papel importante nas incursões de aviões teleguiados, organizadas pela CIA, contra os insurgentes islamitas no noroeste do Paquistão.

"Aceitamos esta demanda", declarou o embaixador americano em Islamabad, Cameron Munte, a um canal de televisão paquistanês.

Os americanos têm até 11 de dezembro para abandonar a base, que fica na província do Baluchistão, sudoeste do país.

As circunstâncias da morte dos paquistaneses ainda não foram esclarecidas, O Wall Street Journal afirmou na semana passada que os ataques da Otan foram provocados por disparos procedentes de um posto militar paquistanês, o que Islamabad nega.

O governo paquistanês também se recusa a participar na investigação sob controle dos americanos.

Depois do erro, Islamabad decidiu não participar na conferência de Bonn (Alemanha) sobre o Afeganistão, que aconteceu na segunda-feira.

Analistas e autoridades americanas, no entanto, consideram que o fechamento de Shamsi não deve prejudicar as operações com aviões teleguiados, que podem ser executadas a partir do Afeganistão.

Washington interpreta o anúncio sobre a base de Shamsi como uma tentativa para acalmar uma opinião pública cada vez mais antiamericana.

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