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EUA defendem resposta a "ataques sônicos" em Cuba

A emissora "CBS News" publicou hoje uma entrevista com uma vítima dos misteriosos ataques registrados entre o final de 2016 e agosto deste ano

Cuba: a vítima argumentou que o Departamento de Estado "escondeu" o que ocorria (Carlos Barria/Reuters)

Cuba: a vítima argumentou que o Departamento de Estado "escondeu" o que ocorria (Carlos Barria/Reuters)

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EFE

Publicado em 10 de outubro de 2017 às 21h50.

Washington - O Departamento de Estado dos Estados Unidos defendeu nesta terça-feira a resposta dada aos supostos "ataques sônicos" sofridos em Cuba por 22 diplomatas americanos após uma vítima desse incidente ter denunciado que o governo de Donald Trump administrou a crise de forma ruim e lenta.

"Assim que o Departamento de Estado se deu conta de que havia um padrão (que unia todos os casos), reagimos extremamente bem", afirmou a porta-voz do órgão, Heather Nauert.

A emissora "CBS News" publicou hoje uma entrevista com uma vítima dos misteriosos ataques registrados entre o final de 2016 e agosto deste ano, que afirmou que o Departamento de Estado ignorou durante meses as queixas dos diplomatas que afirmavam ter sintomas físicos.

"Por que demorou tanto tempo para organizar a retirada, tirar os cônjuges e as crianças de lá? Não sei como podem justificar deixar alguém lá agora mesmo, pensando em termos de segurança", disse a vítima, que pediu anonimato.

A vítima argumentou que o Departamento de Estado "escondeu" o que ocorria e que alguns diplomatas que tentaram proteger seus companheiros foram "ignorados" pelo governo.

Perguntada sobre as críticas, Nauert afirmou que tinha conversado com um dos funcionários que trabalhavam em Cuba e que voltaram para Washington por ordem da Casa Branca, mas não era uma das vítimas dos ataques. Ele disse que a resposta oficial tinha sido adequada.

"Talvez há pessoas que não estão de acordo com isso", indicou.

A porta-voz reconheceu, no entanto, que havia "sintomas diferentes" entre os afetados e que o Departamento de Estado demorou algum tempo para perceber que havia um padrão entre os casos.

Os EUA reduziram ao mínimo seus funcionários em Havana e expulsou 15 diplomatas da embaixada cubana em Washington em resposta aos misteriosos ataques. A Casa Branca, no entanto, não culpou o regime de Raúl Castro pelos incidentes, mas afirmou que o governo da ilha não cumpriu a obrigação de garantir a segurança dos americanos.

Cuba negou qualquer relação com os incidentes, criticou a drástica retórica de Washington e disse que medidas como essa elevariam as tensões bilaterais, algo que já tinha ocorrido desde a chegada de Trump ao poder.

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