Soldados israelenses patrulham uma região de fronteira com o norte da Faixa de Gaza (Amir Cohen/Reuters)
Da Redação
Publicado em 31 de julho de 2014 às 20h40.
Washington - Os Estados Unidos fizeram nesta quinta-feira um apelo para que Israel faça mais para proteger os civis na sua ofensiva militar na Faixa de Gaza e condenaram um ataque israelense contra uma escola da ONU, ao mesmo tempo em que defenderam medidas para reabastecer seu aliado próximo com munição.
A Casa Branca reiterou sua posição de que Israel tem o direito de se defender e descreveu o reabastecimento de munição como "rotina".
O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, rejeitou sugestões de que o reabastecimento aos israelenses pode prolongar o conflito, dizendo que era "parte de uma entrega de vendas militares estrangeiras de rotina".
"Os itens solicitados foram prontamente disponibilizados e fornecidos, como tem ocorrido em várias outras ocasiões", disse Earnest.
As autoridades norte-americanas fizeram os comentários pouco antes de os EUA e a Organização das Nações Unidas anunciarem um cessar-fogo de 72 horas e um acordo para que as delegações israelense e palestina se reúnam no Cairo para buscar um "cessar-fogo duradouro".
Autoridades em Gaza dizem que mais de 1.410 palestinos, a maioria civis, foram mortos no enclave. Israel afirma que 56 de seus soldados e três civis morreram. O porta-voz do Pentágono, coronel Steve Warren, lamentou a quantidade de vítimas, dizendo que o número de "mortes de civis em Gaza está muito alto".
Earnest, por sua vez, afirmou que o bombardeio a uma instalação da ONU na Faixa de Gaza nesta semana pelo Exército israelense é "totalmente inaceitável e totalmente indefensável".