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EUA defendem aplicação de tratado nuclear com a Rússia

A avaliação do governo americano acontece depois que o mesmo apresentou na última sexta-feira sua nova proposta sobre armamento nuclear

Putin e Trump: "A Rússia está rejeitando ou evitando suas obrigações e compromissos em numerosos acordos" (Carlos Barria/Reuters)

Putin e Trump: "A Rússia está rejeitando ou evitando suas obrigações e compromissos em numerosos acordos" (Carlos Barria/Reuters)

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EFE

Publicado em 5 de fevereiro de 2018 às 18h15.

Washington - Os Estados Unidos defenderam nesta segunda-feira a vigência do tratado New START de redução de armas estratégicas assinado em 2010 com a Rússia, três dias depois de terem apresentado sua Revisão da Postura Nuclear (NPR, na sigla em inglês), devido ao acordo permitir que os dois países façam uma "verificação" mútua de seus respectivos arsenais.

"O sistema de verificação do tratado, que permite verificações 'in situ' com pouco aviso prévio (...), concede aos dois países uma perspectiva sobre os sistemas estratégicos de gestão nuclear, ogivas nucleares e instalações de cada um", indicou o Departamento de Estado dos EUA em um comunicado.

A avaliação do governo americano acontece depois que o mesmo apresentou na última sexta-feira sua nova proposta sobre armamento nuclear, que defende uma modernização de seu arsenal sem a necessidade de aumentá-lo, com o propósito de respeitar os diversos acordos de não proliferação.

Segundo o texto da NPR, esta nova proposta contempla a crescente ameaça que representam Estados como China, Coreia do Norte e Rússia. Os EUA, inclusive, acusam este último de ter violado o tratado New START.

"A Rússia está rejeitando ou evitando suas obrigações e compromissos em numerosos acordos e desprezou os esforços dos Estados Unidos para respeitar o Novo Tratado para a Redução de Armamento Estratégico (New START)", diz a proposta.

Durante a apresentação do documento, o subsecretário de política do Departamento de Defesa, John Rood, citou as ameaças de diversos funcionários do Kremlin, que "falaram da possibilidade de usar suas armas nucleares".

Além disso, a proposta denuncia o desenvolvimento por parte do governo russo de mísseis de baixo rendimento, que não estão contemplados no tratado assinado em 2010 e que permitiriam a realização de um ataque de menor intensidade.

Em seu comunicado, o Departamento de Estado mostrou hoje a vontade dos EUA de respeitar o New START, que até hoje permitiu a realização de 252 inspeções 'in situ' e até 14 intercâmbios de informação com a Rússia.

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