O príncipe da Jordânia, Ali Bin Al Hussein, candidato à presidência da Fifa (REUTERS/Ruben Sprich)
Da Redação
Publicado em 28 de maio de 2015 às 20h59.
Chicago - Enquanto o Departamento de Justiça dos Estados Unidos estoura um escândalo de corrupção envolvendo dirigentes do alto escalão da Fifa, a Federação de Futebol dos EUA (US Soccer) anunciou, nesta quinta-feira, que vai voltar no príncipe da Jordânia, Ali Bin Al Hussein, na eleição para a presidência da Fifa, nesta sexta-feira, em Zurique (Suíça).
A votação é secreta mas os EUA, assim como a Inglaterra, optaram por abrir o voto.
"A US Soccer vai votar no príncipe Ali Bin Al Hussein para ser o próximo presidente da Fifa. Este é um voto pela boa governança e comprometimento com o nosso esporte", postou no Twitter o presidente da entidade, Sunil Gulati.
De acordo com ele, o Canadá também vai votar no único candidato de oposição ao suíço Joseph Blatter.
O atual mandatário da Fifa é favorito à reeleição para seu quinto mandato, mas desde que o escândalo estourou, na manhã de quarta-feira, tem crescido o número de descontentes.
Participam das eleições 209 membros e, até terça-feira, a vitória de Blatter era considera favas contatas.
Nesta quinta, o presidente da Uefa, Michel Platini, afirmou que espera que os mais de 50 votos da Europa sejam depositados no príncipe jordaniano, um contraponto ao grande apoio que Blatter sempre teve da enorme maioria dos 54 membros da Confederação Africana de Futebol (CAF).
A Confederação Asiática (AFC), que tem 46 votos, fechou questão pela candidatura de Blatter e, nesta quinta-feira, emitiu comunicado para deixar claro que não mudou de opinião.
A Conmebol (América do Sul) e a OFC (Oceania), que têm 10 e 11 membros, respectivamente, também haviam anunciado que votariam em bloco no suíço. Como a votação é secreta, espera-se deserções.
A única região que se divide nos votos é a Concacaf (Américas do Norte e Central e Caribe).
Dois anos trás, Gulati venceu por 18 a 17 uma acirrada disputa por vaga no Comitê Executivo contra um mexicano. Após a prisão dos principais dirigentes da entidade, a tendência é que mais federações acompanhem os EUA.