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EUA criticam denúncias de Assange

Nuland disse que Assange "está claramente tentando desviar as atenções do centro da questão" do julgamento por abuso sexual do qual é acusado na Suécia


	Manifestação pró-Julian Assange: a porta-voz reiterou a posição de Washington de que o caso de Assange é um assunto entre Londres, Estocolmo e Quito
 (Carl Court/AFP)

Manifestação pró-Julian Assange: a porta-voz reiterou a posição de Washington de que o caso de Assange é um assunto entre Londres, Estocolmo e Quito (Carl Court/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2012 às 16h44.

Washington - As acusações do fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, refugiado na embaixada do Equador em Londres, de que os Estados Unidos fazem uma caça às bruxas, são absurdas, afirmou nesta segunda-feira a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland.

Nuland disse que Assange "está claramente tentando desviar as atenções do centro da questão" do julgamento por abuso sexual do qual é acusado na Suécia, país que solicita a sua extradição.

Em sua primeira audiência pública desde que chegou à embaixada equatoriana em 19 de junho, Assange pediu no domingo aos Estados Unidos que parem a "caça às bruxas" contra o Wikileaks, ao mesmo tempo que agradeceu a Quito por ter tido a "coragem" de ter concedido asilo diplomático a ele.

Nuland criticou o Equador por estar "tentando criar problemas" na Organização dos Estados Americanos (OEA), organismo que, a pedido de Quito, convocou para esta sexta-feira uma reunião de chanceleres para abordar o tema.

A porta-voz reiterou a posição de Washington de que o caso de Assange é um assunto entre Londres, Estocolmo e Quito, e que "não é um tema apropriado para que ser discutido na OEA".

Estados Unidos, Canadá e Trinidad y Tobago foram os únicos três países a votar na sexta-feira passada contra a realização da reunião de chanceleres da organização de 34 países membros.

O Equador pediu a reunião para que a OEA se pronunciasse sobre supostas ameaças de Londres de entrar na embaixada para deter Assange, mas o ministro das Relações Exteriores da Grã-Bretanha, William Hague, já afastou essa possibilidade.

"Não vemos por que a OEA possa desempenhar um papel em uma situação hipotética, que não parece ser inminente", acrescentou Nuland.

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