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EUA cortam contribuição à agência da ONU para refugiados palestinos

"A administração reviu cuidadosamente a questão e determinou que os EUA não farão contribuições adicionais para a UNRWA", disse a porta-voz americana

Trump: Os EUA já havia reduzido drasticamente as suas contribuições (Eduardo Munoz/Reuters)

Trump: Os EUA já havia reduzido drasticamente as suas contribuições (Eduardo Munoz/Reuters)

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AFP

Publicado em 31 de agosto de 2018 às 18h37.

Os Estados Unidos suspenderam nesta sexta-feira (31) o seu fornecimento de ajuda à agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA), após determinar que a organização é "irremediavelmente falha", anunciou o Departamento de Estado.

"A administração reviu cuidadosamente a questão e determinou que os Estados Unidos não farão contribuições adicionais para a UNRWA", disse a porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauert, em um comunicado.

Mais cedo, o embaixador palestino em Washington, Hossam Zomlot, havia advertido sobre essa possibilidade.

Os Estados Unidos, historicamente o principal país doador da UNRWA, já havia reduzido drasticamente as suas contribuições. De 350 milhões em 2017, o montante passou para65 milhões em 2018.

"Cortar ajuda à UNRWA significa que os Estados Unidos estão renunciado aos seus compromissos e responsabilidades internacionais", disse Hossam Zomlot, que representa oficialmente a Palestina na Organização para a Libertação da Palestina (OLP), do presidente palestino, Mahmoud Abbas.

"Ao adotar as posições israelenses mais extremas sobre todas as questões, incluindo os direitos de mais de cinco milhões de refugiados palestinos, a administração americana perdeu seu status de mediador e não só está minando uma situação já instável, mas também as possibilidades de uma paz futura no Oriente Médio", acrescentou o embaixador em uma declaração enviada antes do anúncio à AFP.

Ainda assinalou que "não cabe à administração americana definir o status dos refugiados palestinos, a única condição que os Estados Unidos podem definir é o seu próprio papel como mediador de paz na região", disse Hossam Zomlot.

"Existem inúmeros refugiados que continuam recebendo assistência", enquanto o governo palestino "continua criticando os Estados Unidos", disse esta semana a embaixadora americana na ONU, Nikki Haley.

"Acho que temos que olhar para o direito de retorno", acrescentou.

A Autoridade Palestina rejeitou qualquer contato com Washington desde que Donald Trump anunciou no final de 2017 que reconhecia Jerusalém como a capital de Israel. Os Estados Unidos também anunciaram na semana passada o cancelamento de mais de 200 milhões de dólares em ajuda bilateral aos palestinos.

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