EUA: "Vamos agir. Vamos ser fortes. Vamos ser claros e vamos fazer o que for necessário para proteger os americanos e as pessoas no mundo todo", disse Nikki Haley (Foto/Getty Images)
EFE
Publicado em 31 de janeiro de 2017 às 19h48.
A embaixadora dos Estados Unidos para a ONU, Nikki Haley, afirmou nesta terça-feira considerar "absolutamente inaceitável" o teste com mísseis balísticos realizado pelo Irã no fim de semana e prometeu que seu país agirá em resposta.
"Vamos agir. Vamos ser fortes. Vamos ser claros e vamos fazer o que for necessário para proteger os americanos e as pessoas no mundo todo", disse Haley ao término de uma reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre este assunto.
A nova embaixadora dos EUA reiterou que está "confirmado" que o Irã realizou um teste no domingo e que ele vai contra o estabelecido pela resolução 2231 aprovada em 2015 pelo Conselho de Segurança.
"Devemos estar alarmados. Os EUA não são ingênuos. Não vamos ficar quietos. (...) E também nos verão agir em consequência. Estamos comprometidos a garantir que entendam que isto é algo que nunca vamos aceitar", disse Haley, que não deu detalhes sobre as possíveis medidas nem aceitou perguntas dos jornalistas.
A resolução 2231, o texto com o qual o Conselho de Segurança ratificou o acordo nuclear negociado entre Irã e várias potências internacionais, cobra que Teerã não faça lançamentos de mísseis capazes de transportar armas atômicas.
O governo iraniano insistiu hoje que os mísseis que está testando são convencionais e não serão usados para levar ogivas nucleares, mas os Estados Unidos advertiram que estes projéteis são perfeitamente capacitados para transportar armas atômicas.
A Rússia, por sua vez, opinou que a resolução 2231 "não proíbe" o Irã deste tipo de atividade, mas somente contém um "apelo" para evitá-la, e acusou os Estados Unidos e Israel de tentarem "aquecer a situação". Outros membros do Conselho, como o Reino Unido, se referem a estes testes como "inconsistentes" com a resolução, mas evitam falar em "violações".
Segundo fontes diplomáticas, os 15 membros do Conselho de Segurança pactuaram hoje que o comitê responsável por monitorar as sanções ao Irã analise em detalhe o teste.