Tesouro dos EUA aumentou nas últimas semanas as pressões para que a Europa impeça a ameaça de contágio financeiro diante dos temores de que as indecisões políticas europeias possam provocar uma nova recaída econômica internacional (Frank Rumpenhorst/AFP)
Da Redação
Publicado em 20 de outubro de 2011 às 20h25.
Washington - A crise do euro representa "o maior risco atual para a recuperação global", por isso, é fundamental uma "resolução rápida e decidida" por parte da Europa e será o ponto fundamental da reunião do Grupo dos 20 (G20), disse nesta quinta-feira Lael Brainard, subsecretária do Tesouro americano para assuntos internacionais.
"Embora a exposição financeira direta dos EUA aos países mais vulneráveis da Europa seja moderada (...), a estabilidade financeira da Europa é de grande importância para a confiança tanto do consumidor como dos investidores", afirmou Lael Brainard.
Por isso, ela ressaltou que a necessidade primordial das autoridades europeias é impedir o "risco de uma cascata de quebras bancárias", que exige uma proteção que tenha a força suficiente para acalmar os mercados.
Brainard fez essas declarações num discurso em um Comitê do Senado dos EUA após participar na semana passada da reunião de ministros das Finanças do G20 em Paris, na qual foi preparado o próximo encontro de chefes de Estado e de Governo, que será realizado entre os dias 3 e 4 de novembro em Cannes.
O Tesouro dos EUA aumentou nas últimas semanas as pressões para que a Europa impeça a ameaça de contágio financeiro diante dos temores de que as indecisões políticas europeias possam provocar uma nova recaída econômica internacional.
Além disso, Brainard reiterou o compromisso de seu país com "o papel fundamental do G20 para desenvolver uma resposta coletiva que permita superar as vulnerabilidades a curto prazo e iniciar os passos rumo a um crescimento sustentável".
Ela pediu ao Congresso que respalde os compromissos dos Estados Unidos nas instituições financeiras internacionais. "Nossa liderança nas instituições financeiras internacionais pode estar em risco (...) Outras nações, especialmente a China, buscam tomar nosso lugar nessas instituições se não enfrentarmos nossos compromissos".