Mundo

EUA congelam US$ 458 milhões de ex-ditador da Nigéria

O departamento de Justiça informou que o dinheiro obtido ilicitamente foi congelado a pedido de Washington e com a ajuda das autoridades locais

Ex-ditador nigeriano Sani Abacha: ele morreu no poder, em 1998, mas entre seus familiares estão algumas das pessoas mais ricas e influentes da Nigéria (AFP/Arquivos)

Ex-ditador nigeriano Sani Abacha: ele morreu no poder, em 1998, mas entre seus familiares estão algumas das pessoas mais ricas e influentes da Nigéria (AFP/Arquivos)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de março de 2014 às 19h25.

O governo americano anunciou nesta quarta-feira que conseguiu congelar US$ 458 milhões de ativos escondidos em contas europeias pelo ex-ditador nigeriano Sani Abacha e por alguns de seus colaboradores.

"Esse é o confisco mais importante, que conseguiu recuperar fundos provenientes de corrupção oficial estrangeira, feito pelo Departamento (de Justiça)", disse a procuradora-geral adjunta dos EUA em exercício, Mythili Raman.

O departamento de Justiça informou que o dinheiro obtido ilicitamente - e guardado em contas na Grã-Bretanha, França e as ilhas Jersey - foi congelado a pedido de Washington e com a ajuda das autoridades locais.

Abacha morreu no poder, em 1998, mas entre seus familiares ainda estão algumas das pessoas mais ricas e influentes da nação mais populosa da África.

Segundo a ação na corte de distrito de Washington, o Departamento quer recuperar mais de US$ 550 milhões, que estariam ligados ao caso.

"O general Abacha foi um dos mais tristemente célebres cleptocratas da História, que desviou milhões de dólares da Nigéria, enquanto milhões de pessoas viviam na pobreza", declarou Raman.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaCorrupçãoEscândalosFraudesGovernoHistóriaNigéria

Mais de Mundo

Trump assina ordem executiva para retirar Estados Unidos da OMS

De volta à Casa Branca, Trump revoga 78 ordens de Biden e tira EUA do Acordo de Paris

EUA cancelam aplicativo CBP One que permitia entrada de migrantes pela fronteira com México

Cadeira descartável, esquenta-mãos e horas de fila: as táticas dos fãs de Trump para vê-lo na posse