Luis Videgaray: México e EUA vivem um momento de tensão na relação bilateral pelo tom agressivo em relação ao país latino usado pelo presidente americano (Henry Romero/Reuters)
EFE
Publicado em 8 de fevereiro de 2017 às 15h42.
Washington - Fontes do governo dos Estados Unidos confirmaram à Agência Efe nesta quarta-feira que o chanceler do México, Luis Videgaray, terá reuniões ao longo do dia com o secretário de Estado americano, Rex Tillerson, e o de Segurança Nacional, John Kelly, como havia antecipado a Chancelaria mexicana.
"Podemos confirmar que o ministro das Relações Exteriores Videgaray se reunirá hoje (quarta-feira) com o secretário de Estado Tillerson", garantiu uma fonte do Departamento de Estado americano, que pediu o anonimato.
Outra fonte do Departamento de Segurança Nacional americano afirmou que tinha previsto para mais tarde dar outras informações sobre a reunião entre Tillerson e Kelly, mas nenhuma das duas detalhou o horário dos encontros nem deu detalhes sobre os temas a serem abordados.
A Secretaria de Relações Exteriores mexicana tinha anunciado anteriormente em comunicado a visita de Videgaray, cujo nome não figurava na agenda oficial de Tillerson.
"Para as reuniões com ambos os funcionários está previsto que o secretário Videgaray aborde temas da agenda bilateral que foram fixados como prioritários pelo presidente Enrique Peña Nieto", explicou a pasta mexicana.
Entre estes assuntos, o chanceler deverá abordar temas como a proteção de mexicanos nos Estados Unidos, migração, segurança e infraestrutura fronteiriça, assim como os diferentes esquemas de cooperação entre os países.
"Com esta visita, continua o diálogo e a comunicação definidos pelos presidentes de ambos os países nos dias anteriores", explicou a Secretaria de Relações Exteriores mexicana.
O secretário mexicano de Governo, Miguel Ángel Osorio, conversou com Kelly por telefone na terça-feira, quando ambos decidiram se reunir em breve na Cidade do México.
México e EUA vivem um momento de tensão na relação bilateral pelo tom agressivo em relação ao país latino usado pelo presidente americano, Donald Trump, que ordenou um endurecimento do controle migratório, a construção de um muro na fronteira e a renegociação do Tratado de Livre-Comércio da América do Norte (NAFTA).