Síria: o governo americano também reafirmou seu "compromisso" com o lucro de uma "transição política" na Síria (REUTERS/SANA/Handout)
Da Redação
Publicado em 22 de fevereiro de 2016 às 14h57.
Washington - O governo dos Estados Unidos condenou nesta segunda-feira os "bárbaros" atentados perpetrados no domingo na Síria nas cidades de Damasco e Homs, que deixaram mais de 180 mortos e foi reivindicado pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI).
"Os EUA condenam com contundência os bárbaros ataques terroristas de ontem em Damasco e Homs, que agora foi reivindicado pelo EI", afirmou o vice-porta-voz do Departamento de Estado, Marl Toner, em comunicado divulgado em Washington.
"O terrorismo do EI teve como alvo gente de todo o mundo, desde Damasco e Bagdá a Paris, Bruxelas e Ancara. Será preciso um esforço global e conjunto para destruir esta organização terrorista", afirmou Toner.
Segundo o porta-voz, os EUA estão "comprometidos, através de uma coalizão internacional, a ajudar as forças iraquianas e da oposição moderada síria a expulsar o EI do território que ainda controla (em ambos países) enquanto são asfixadas suas redes financeiras, de combatentes estrangeiros e de propaganda".
O governo americano também reafirmou seu "compromisso" com o lucro de uma "transição política" na Síria, e fez uma chamada a todas as partes do conflito para que apoiem "uma cessação das hostilidades".
O número de mortos nos atentados cometidos no domingo em zonas de maioria xiita de Damasco e a cidade central síria de Homs chegou a 184 pessoas, segundo os últimos dados divulgados hoje pelo Observatório Sírio de Direitos Humanos.
O Observatório não descartou que o saldo de vítimas mortais em ambos atentados seja superior porque há dezenas de feridos, alguns deles em estado grave.
O Estado Islâmico se responsabilizou no próprio domingo pela autoria destes ataques em Damasco e Homs em comunicados divulgados na internet.
Os atentados coincidiram com o anúncio do secretário de Estado dos EUA, John Kerry, de um "acordo provisório" com seu colega russo, Sergei Lavrov, para uma trégua no conflito sírio.
Os Estados Unidos lideram a coalizão militar internacional que atua no Iraque e na Síria contra o EI, que ocupou amplas zonas desses dois países e proclamou um califado em junho de 2014.