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EUA condena antissemitismo após comentários de congressista muçulmana

Medida aprovada por 407 votos contra 23 condena expressões de ódio e intolerância

EUA: parlamentares votaram a favor da condenação do antissemitismo (Tim Sloan/AFP/AFP)

EUA: parlamentares votaram a favor da condenação do antissemitismo (Tim Sloan/AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 8 de março de 2019 às 09h42.

Legisladores americanos aprovaram nesta quinta-feira uma resolução que condena o antissemitismo e outras formas de ódio e intolerância, após um acalorado debate sobre comentários da congressista muçulmana Ilhan Omar acerca da política de Israel.

A medida, aprovada por 407 votos contra 23 e que não cita Omar, criticada por comentários considerados antissemitas por vários legisladores, condena "as expressões de ódio e intolerância contraditórias aos valores e aspirações" dos Estados Unidos.

Vários republicanos e alguns democratas se queixaram abertamente de que a resolução foi suavizada, passando de uma crítica ao antissemitismo a uma recriminação a todas as formas de intolerância, incluindo a islamofobia e a discriminação contra outras minorias.

Ilhan Omar votou a favor da resolução, que "condena o antissemitismo como uma expressão odiosa de intolerância, contraditória aos valores e aspirações que definem o povo americano, e também a discriminação aos muçulmanos e a intolerância contra qualquer minoria".

Única legisladora do Congresso que utiliza o véu islâmico e uma das duas primeiras mulheres muçulmanas a ocupar uma cadeira no recinto, Ilhan Omar denunciou na semana passada que grupos de pressão e parlamentares promovem a declaração de "lealdade a um país estrangeiro".

A congressista se referia ao Aipac, um poderoso lobby pró-israelense nos Estados Unidos.

Em fevereiro, Ilhan Omar já havia provocado polêmica ao dizer que a Aipac financiava "políticos americanos para que fossem pró-israelenses".

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