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EUA cogitam endurecer sanções contra setor energético russo

País pode limitar a exportação de itens de alta tecnologia para a indústria de petróleo e gás russa


	Petróleo: Rússia é a principal fornecedora de energia para o bloco europeu
 (Kristian Helgesen/Bloomberg)

Petróleo: Rússia é a principal fornecedora de energia para o bloco europeu (Kristian Helgesen/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2014 às 12h49.

Bruxelas - Os Estados Unidos estão cogitando limitar a exportação de itens de alta tecnologia para a indústria de petróleo e gás russa no Ártico, como parte de seus planos para endurecer as sanções contra Moscou em represália à crise na Ucrânia, disse um enviado dos EUA nesta quarta-feira.

Às vésperas de uma cúpula da Organização para o Tratado do Atlântico Norte (Otan) no País de Gales, os EUA devem se unir à União Europeia na imposição de novas sanções sobre a Rússia depois que líderes da UE concordaram no último final de semana que o envolvimento direto de soldados russos na Ucrânia, em apoio aos rebeldes separatistas, deu ensejo à medida.

“Estamos estudando enrijecer ainda mais as restrições a exportações na área de energia e ao licenciamento de exportações de alta tecnologia, não somente para o setor energético, mas especificamente para o petróleo e o gás no Ártico”, afirmou o embaixador norte-americano na UE, Anthony Gardner, à Reuters em Bruxelas.

A Rússia, principal fornecedora de energia para o bloco europeu, tem algumas das maiores jazidas ainda não exploradas de petróleo e gás do mundo em suas costas, e suas ambições energéticas podem ser ameaçadas pelas sanções.

Gardner disse que os EUA estão cooperando estreitamente com a Comissão Europeia e com embaixadores e líderes da UE na definição dos próximos passos para pressionar o presidente russo, Vladimir Putin, a buscar uma solução política na Ucrânia.

Nos primeiros estágios do conflito ucraniano, os Estados Unidos agiram mais rápido que a Europa, e o presidente Barack Obama impõs sanções a algumas das maiores empresas russas pela primeira vez em julho.

Mas a União Europeia adotou medidas mais severas desde a derrubada de um avião comercial malaio sobre o leste ucraniano, bastião dos rebeldes.

Na esteira do clamor de líderes da UE por sanções mais rígidas, a Comissão Europeia está finalizando um esboço com novas medidas, e os governos do bloco tomarão uma decisão sobre o formato final do pacote na sexta-feira.

Diplomatas declararam à Reuters que a UE está cogitando ampliar uma proibição de empréstimos e obtenção de capital na Europa a todas as empresas estatais da Rússia, além de barrar a entrada do ministro russo da Defesa, Sergei Shoigu, no bloco.

Indagado se seu país também atuará para limitar o acesso das estatais russas a financiamentos estrangeiros, Gardner afirmou: “Todas essas opções estão sobre a mesa. Estamos cogitando um aperto nas restrições financeiras, você mencionou uma delas”.

Ele ainda disse que Washington estuda aumentar as restrições a vendas militares para Moscou, mas não quis dar maiores detalhes.

As medidas discutidas pelos embaixadores da UE na segunda-feira também incluem a proibição de empréstimos de instituições do bloco a bancos estatais russos e à compra de derivativos russos.

Outra possibilidade é a ampliação de um veto às exportações de bens que podem ter uso civil e militar para todos os importadores russos em potencial, e não somente empresas do setor de defesa, como acordado no pacote de sanções da UE em julho.

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