Aviões da Malaysia Airlines: Segundo CNN, funcionário americano diz que governo da Malásia há dias busca revistar a casa do piloto (REUTERS/Damir Sagolj)
Da Redação
Publicado em 16 de março de 2014 às 10h30.
Washington - A inteligência americana está inclinada à hipótese de que o piloto e o copiloto do Boeing 777 da Malaysia Airlines, desaparecido há mais de uma semana, tenham envolvimento com o sumiço do avião, divulgou neste sábado a emissora 'CNN'.
O canal, que cita um funcionário americano com 'conhecimento direto' do caso, afirmou que o governo da Malásia há dias busca revistar a casa do piloto, um malaio de 53 anos com 8.365 horas de voo.
Mas foi nas últimas 24 horas, quando a informação compilada por radares e satélites deu o aval suficiente as autoridades malaias para revistar o local, nos arredores de Kuala Lumpur.
O funcionário esclareceu, no entanto, que todas as teorias ventiladas e as discussões da inteligência se baseiam nas avaliações feitas com as informações que se tem até agora.
O primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, reorientou neste sábado rumo ao Oceano Índico a busca do avião desaparecido com 239 pessoas a bordo após confirmar que alguém mudou o rumo do Boeing 777, embora tenha se recusado a falar em sequestro.
Em entrevista coletiva, Razak explicou que alguém desligou os sistemas de comunicação do aparelho de Malaysia Airlines e fez com que o avião mudasse de rumo para oeste e voasse durante cinco horas.
As autoridades malaias acreditam que esteja em um corredor que vai do oeste da Indonésia ao Índico, ou em outro que vai do norte da Tailândia até a fronteira entre Cazaquistão e Turcomenistão.
O voo MH 370 saiu de Kuala Lumpur às 00h41 (local, 13h41 de sexta-feira, dia 7, em Brasília) e aterrissaria em Pequim cerca de seis horas, mas desapareceu dos radares 40 minutos depois de decolar e desde então não se sabe nada dele nem foram encontrados destroços. O Boeing tinha combustível para 7 horas e meia de voo.
Razak não quis falar de sequestro, mas as informações que apresentou hoje apontam nesse sentido.
China, Estados Unidos e Japão lideram um total de 14 países que colaboram nas operações de busca do avião. EFE