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EUA classificam visita de Putin à Crimeia como provocativa

Estados Unidos reafirmaram sua rejeição à anexação da península do Mar Negro pela Rússia


	Presidente da Rússia, Vladimir Putin, se prepara para fazer um discurso junto com autoridades da Crimeia, durante comemorações do Dia da Vitória, em Sebastopol
 (Maxim Shemetov/Reuters)

Presidente da Rússia, Vladimir Putin, se prepara para fazer um discurso junto com autoridades da Crimeia, durante comemorações do Dia da Vitória, em Sebastopol (Maxim Shemetov/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2014 às 16h54.

Washington - Os Estados Unidos classificaram a visita do presidente russo, Vladimir Putin, à Crimeia nesta sexta-feira como uma provocação e reafirmaram sua rejeição à anexação da península do Mar Negro pela Rússia.

"Esta viagem é provocativa e desnecessária. A Crimeia pertence à Ucrânia e, claro, não reconhecemos as medidas ilegais e ilegítimas da Rússia nesse assunto", disse a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki, aos repórteres em sua coletiva de imprensa diária.

Os EUA não viram uma retirada das forças russas de sua fronteira com a Ucrânia, anunciada por Putin no começo da semana, declarou a porta-voz, exortando Moscou a acalmar as tensões.

"Queremos que a Rússia tome medidas para acalmar a situação. Acreditamos que eles podem influenciar as ações dos separatistas no local. Há mais coisas que eles podem fazer. E, obviamente, a viagem do presidente Putin à Crimeia não é a direção que buscamos".

Psaki reconheceu que o secretário de Estado, John Kerry, e o ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, tiveram uma segunda conversa telefônica em igual número de dias para discutir a Ucrânia.

Ela disse não haver planos concretos para novas reuniões sobre o tema entre Washington e Moscou. Kerry estará em Londres na semana que vem para conversas sobre a Síria - outro tópico mencionado no telefonema desta sexta - e havia especulações de que ele poderia encontrar Lavrov na Europa.

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores russo, na conversa de sexta-feira Lavrov pediu um diálogo urgente, mediado pela Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, entre Kiev e regiões do leste ucraniano.

Psaki repetiu a visão norte-americana de que a Ucrânia deve estar representada em quaisquer conversas sobre seu futuro.

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