Mundo

20 países aumentarão investimentos em energias limpas

O acordo pretende proporcionar energia limpa acessível aos consumidores e criar oportunidades comerciais no setor


	Barack Obama e Xi Jinping durante a COP21: acordo pretende proporcionar energia limpa acessível aos consumidores e criar oportunidades comerciais no setor
 (Kevin Lamarque/ Reuters)

Barack Obama e Xi Jinping durante a COP21: acordo pretende proporcionar energia limpa acessível aos consumidores e criar oportunidades comerciais no setor (Kevin Lamarque/ Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2015 às 07h36.

Paris - Vinte países, entre eles os cinco mais povoados - China, Estados Unidos, Índia, Indonésia e Brasil - e os mais poluentes, se comprometeram a dobrar seus investimentos em pesquisa sobre energia limpa para enfrentar a mudança climática global, informou a Casa Branca.

Os presidentes dos EUA, Barack Obama, e da França, François Hollande, anunciarão a denominada "Missão Inovação", junto com os líderes dos outros 18 países em Paris durante o início da 21ª Conferência das Partes (COP21) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC).

O conjunto dessas nações representa 75% das emissões mundiais de CO2, um dos principais gases causadoras do efeito estufa, e mais de 80% do investimento em pesquisa e desenvolvimento da energia limpa do mundo, segundo um comunicado.

Além de aumentar a inovação mundial público-privada desse tipo de energia, o acordo pretende proporcionar energia limpa acessível aos consumidores, em particular no mundo em desenvolvimento, e criar oportunidades comerciais adicionais nesse setor.

Através da iniciativa, os 20 países se comprometem a duplicar sua respectiva pesquisa de energia limpa e o desenvolvimento do investimento (P&D) em cinco anos.

Os países que fazem parte dessa proposta são alguns dos maiores produtores de petróleo e gás - EUA, Canadá, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, México, Noruega e Indonésia.

Também estão incluídos muitos com alta penetração das energias renováveis em seus setores de energia, tais como o Canadá, Noruega, Dinamarca, Brasil e Chile.

A "Missão Inovação", segundo a Casa Branca, se complementa com um esforço liderado pelo setor privado separadamente, que se comprometeu a investir níveis extraordinários de capital privado em energia limpa, concentrando-se nas inovações em fase inicial.

Esta iniciativa paralela, liderada por Bill Gates, inclui uma coalizão de mais de 28 investidores de capital privado significativos de dez países, e se chamará Coalizão Energia Breakthrough.

Os membros destas iniciativas reconhecem, de acordo com o documento, a necessidade de acelerar o desenvolvimento de soluções de energia limpa para que coincida com a urgência de lutar contra a mudança climática.

A proposta estipulada pelos 20 países e empresários responde à "urgência da mudança climática, a oportunidade da inovação tecnológica e o imperativo internacional para abordar este problema de uma maneira global".

Segundo a Casa Branca, acelerar a inovação de energia limpa é essencial para se alcançar o objetivo de limitar o aumento da temperatura global abaixo de 2 graus, um dos principais desafios da Conferência sobre o Clima que começa nesta segunda-feira em Paris. 

Acompanhe tudo sobre:COP 21Efeito estufaMeio ambiente

Mais de Mundo

Trump nomeia Robert Kennedy Jr. para liderar Departamento de Saúde

Cristina Kirchner perde aposentadoria vitalícia após condenação por corrupção

Justiça de Nova York multa a casa de leilões Sotheby's em R$ 36 milhões por fraude fiscal

Xi Jinping inaugura megaporto de US$ 1,3 bilhão no Peru