Bandeira dos Estados Unidos: a Al Qaeda da Península Arábica procura atacar "o inimigo" com operações "menores, mas mais frequentes" (Jonathan Ferrey/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 21 de novembro de 2010 às 16h46.
Washington - O chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA, o almirante Mike Mullen, disse neste domingo que a promessa da Al Qaeda de realizar atentados em pequena escala com artefatos explosivos contra o país representa uma "ameaça muito séria".
O braço da Al Qaeda na Península Arábica prometeu realizar ataques em pequena escala a fim de causar prejuízos econômicos aos Estados Unidos, principalmente no setor da aviação.
O grupo assegurou ter gasto US$ 4,2 mil no envio de dois pacotes-bomba do Iêmen para os EUA, interceptados no mês passado no Reino Unido e em Dubai, segundo o último número da revista "Inspire", publicada em sites islamitas.
"É uma pechincha para nós espalhar o medo entre o inimigo e mantê-lo de joelhos em troca de poucos meses de trabalho e alguns dólares", afirma a organização através da revista.
"Como dissemos antes, nosso objetivo não é matar o maior número de pessoas, mas causar prejuízos à indústria da aviação, um setor vital para o comércio e o transporte entre EUA e Europa", assinalou o grupo terrorista.
A organização assegura que a operação abortada no mês passado foi batizada de "Operação Hemorragia".
A revista explica que a Al Qaeda da Península Arábica procura atacar "o inimigo" com operações "menores, mas mais frequentes".
"O objetivo é fazer com que o inimigo sangre até morrer", indicou o grupo.
Mullen disse neste domingo que a Al Qaeda da Península Arábica é uma organização cada vez mais "perigosa", mas insistiu que os Estados Unidos estão realizando "um enorme esforço para garantir que não tenham sucesso".