Washington - O governo americano lançou uma intensa busca para encontrar um país que refugie Muammar Kadafi, informou neste sábado o The New York Times.

Mas diante das acusações previstas contra Kadafi no Tribunal Penal Internacional de Haia pelas atrocidades cometidas contra seu povo durante a revolta popular em curso e pelo atentado contra um avião da Pan Am em 1988, as autoridades americanas têm em suas mãos uma lista pequena de países que poderiam recebê-lo.

Três funcionários da administração do presidente Barack Obama disseram ao jornal americano que estavam considerando a possibilidade de encontrar um país que não tenha assinado ou ratificado o Estatuto de Roma, que pede aos países para negar a entrada a qualquer pessoa acusada em um julgamento do Tribunal Penal Internacional.

Esta opção implica a possibilidade de que Kadafi encontre refúgio em algum lugar na África, onde metade dos países não assinaram o tratado. Os Estados Unidos também não são signatários, por medo de que os seus soldados e agentes do serviço de inteligência possam ser processados por este tribunal.

"Aprendemos algumas lições no Iraque e uma das mais importantes é que os líbios devem ser responsáveis pela mudança de regime, não nós", disse um funcionário ao jornal.

"O que estamos tentando fazer é encontrar uma maneira pacífica para organizar a saída, se a oportunidade surgir", acrescentou.

Esta informação aparece após várias semanas de bombardeios da Otan sobre a Líbia, que têm por objetivo proteger a população civil e derrubar o homem que governa a Líbia há 32 anos com mão de ferro.