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EUA buscam coalizão contra Estado Islâmico

Segundo funcionários, Grã-Bretanha e Austrália são possíveis candidatos de aliados para uma campanha internacional

Morador de Tabqa com a bandeira do grupo Estado Islâmico, perto da cidade de Raqqa, na Síria (Reuters)

Morador de Tabqa com a bandeira do grupo Estado Islâmico, perto da cidade de Raqqa, na Síria (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 28 de agosto de 2014 às 21h55.

Washington - Os Estados Unidos estão intensificando seus esforços para criar uma campanha internacional contra os combatentes do Estado Islâmico no Iraque e na Síria, inclusive recrutando aliados para uma eventual ação militar conjunta, informaram autoridades do governo.

Grã-Bretanha e Austrália são possíveis candidatos, disseram os funcionários. A Alemanha disse estar conversando com os EUA e outros parceiros internacionais sobre uma possível ação militar contra o Estado Islâmico, mas deixou claro que não participaria dela.

“Iremos trabalhar política e diplomaticamente com as pessoas da região”, declarou o presidente norte-americano, Barack Obama, a repórteres nesta quinta-feira.

“E iremos montar o tipo de coalizão que precisamos para uma estratégia de longo prazo assim que pudermos juntar os componentes militares, políticos e econômicos desta estratégia.”

Não ficou claro quantas nações irão se oferecer. Algumas, como a aliada Grã-Bretanha, guardam lembranças amargas da participação da “coalizão dos dispostos” liderada pelos EUA na invasão do Iraque em 2003, que incluiu tropas de 38 países.

Outras, como a França, se recusaram a agir.

Segundo as autoridades, se necessário, os EUA poderiam agir sozinhos contra os militantes, que ocuparam um terço do Iraque e da Síria, declararam guerra contra o Ocidente e querem estabelecer um polo jihadista no coração do mundo árabe.

Assessores da Casa Branca de alto escalão se reuniram nesta semana para discutir uma estratégia para ampliar sua ofensiva sobre o Estado Islâmico, cogitando a possibilidade de ataques aéreos contra os redutos dos militantes no leste sírio, uma escalada que quase certamente seria mais arriscada que a atual campanha dos EUA no Iraque.

Embora o governo iraquiano tenha acolhido o papel dos caças norte-americanos para atacar militantes, o presidente sírio, Bashar al-Assad, alertou que quaisquer ataques realizados sem a permissão de seu país seriam considerados um ato de agressão, o que poderia envolver a eventual coalizão liderada pelos EUA em um conflito ainda maior na Síria.

O governo do primeiro-ministro britânico, David Cameron, declarou que não recebeu nenhum pedido para colaborar com os ataques aéreos dos EUA.

O porta-voz do premiê australiano, Tony Abbott, disse que a ajuda humanitária ao Iraque irá continuar, mas se recusou a responder se seu país se juntaria a uma ação militar conduzida pelos norte-americanos.

Autoridades dos EUA esperam que o sucesso relativo da assistência humanitária e dos ataques recentes a armamentos dos militantes no Iraque diminuam os temores dos aliados para apoiar novas ações militares.

Oficiais norte-americanos também parecem estar acelerando os esforços para criar uma coalizão mais ampla de países para minar a força do Estado Islâmico no Iraque e na Síria.

Na lista de países dispostos a ajudar, embora sem se envolver em operações militares, estão Turquia, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Catar, Jordânia, Grã-Bretanha, França, Austrália e Alemanha, informaram duas fontes sob condição de anonimato.

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