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EUA aumentará voos de deportação para imigrantes presos no Texas

Mais de 10.000 migrantes, majoritariamente do Haiti, acampam debaixo de uma ponte na fronteira sul dos Estados Unidos

Imigração: deportações serão intensificadas nas próximas 72 horas.  (Reprodução/AFP)

Imigração: deportações serão intensificadas nas próximas 72 horas. (Reprodução/AFP)

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AFP

Publicado em 18 de setembro de 2021 às 15h45.

Os Estados Unidos aumentarão o número e a capacidade dos "voos de deportação" para milhares de imigrantes na fronteiriça cidade texana de Del Rio (sul), informou o Departamento de Segurança Interna neste sábado (18).

Mais de 10.000 migrantes, majoritariamente do Haiti, acampavam na sexta-feira debaixo de uma ponte na fronteira sul dos Estados Unidos, uma crise humanitária que coloca em apuros o governo de Joe Biden. 

Os migrantes estão em uma área controlada pelas autoridades de alfândega e fronteiras, que mobilizaram 400 soldados adicionais para tentar conter a crise e "melhorar o controle da área", segundo um comunicado do Departamento de Segurança Interna.

As autoridades informaram que vão acrescentar um "transporte adicional para acelerar o ritmo (dos voos) e aumentar a capacidade" de transferência "para o Haiti e outros destinos nas próximas 72 horas".

Esses migrantes chegaram na pequena cidade de Del Rio, Texas, cruzando o Rio Grande que separa os Estados Unidos do México. Dos 2.000 migrantes no início da semana, o número subiu para 10.500 na quinta-feira à noite, segundo Bruno Lozano, prefeito desta cidade limítrofe com a mexicana Ciudad Acuña.

Na sexta-feira, o prefeito democrata, que espera mais milhares de chegadas, declarou estado de emergência e fechou a ponte para o tráfego.

"As circunstâncias extremas exigem respostas extremas", declarou ao jornal Texas Tribune. "Há mulheres que dão à luz, pessoas que desmaiam pela temperatura, são um pouco agressivas e isso é normal depois de todos esses dias de calor", destacou.

Mais de 1,3 milhão de pessoas foram detidas na fronteira com o México desde a chegada de Biden à Casa Branca em janeiro de 2020, um nível não visto em 20 anos. Delas, cerca de 596.000 chegaram de El Salvador, Guatemala e Honduras e mais de 464.000 do México.

A oposição republicana acusa Biden de ter provocado uma "crise migratória" ao flexibilizar as medidas de seu antecessor Donald Trump, que fez da luta contra a imigração ilegal um dos pilares de seu governo.

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