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EUA atacam pela primeira vez o EI na região de Bagdá

Estados Unidos bombardearam o grupo jihadista pela primeira vez na região de Bagdá, 25 km ao sudoeste da capital iraquiana


	Estado Islâmico: aviação americana realizou 162 incursões aéreas contra os jihadistas
 (AFP)

Estado Islâmico: aviação americana realizou 162 incursões aéreas contra os jihadistas (AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2014 às 10h55.

Bagdá - Os Estados Unidos bombardearam pela primeira vez na região de Bagdá o grupo jihadista Estado Islâmico (EI), que derrubou nesta terça-feira um avião do regime de Damasco em um de seus redutos na Síria.

Os integrantes do EI derrubaram o avião sírio quando este bombardeava Raqa, anunciou a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

"Foi a primeira aeronave derrubada desde o início dos ataques do regime sírio contra eles e desde a instauração do califado no fim de junho", entre Iraque e Síria, afirma uma nota do OSDH.

As contas jihadistas no Twitter reivindicaram o ataque e elogiaram os "leões do Estado Islâmico".

"Alá Akbar (Deus é grande), Graças a Deus, está confirmado que um avião militar foi derrubado sobre a cidade de Raqa", afirma uma mensagem.

Outra conta mostra a fotografia de destroços que, segundo o EI, pertencem ao avião.

No Iraque, o primeiro ataque americano na região de Bagdá teve como alvo uma posição do EI em Sadr al-Yusufiya, 25 km ao sudoeste da capital.

"O ataque tinha como objetivo apoiar a ofensiva do exército iraquiano contra os terroristas", anunciou o Comando Central (Centcom) americano para o Oriente Médio e Ásia Central.

A cidade de Sadr al-Yusufiya fica às margens do Eufrates, entre o reduto jihadista de Fallujah e a zona de combates de Jurf al-Sakhr, onde o exército e as milícias aliadas têm dificuldades para manter suas posições.

Em outro ataque, nas montanhas de Sinjar, os aviões americanos destruíram seis veículos utilizados pelo EI, segundo o Centcom.

Desde 8 de agosto, a aviação americana realizou 162 incursões aéreas contra os jihadistas do EI, que controla quase 40% do território iraquiano e 25% da Síria.

Na semana passada, o presidente americano Barack Obama anunciou que Washington formaria uma coalizão internacional para "debilitar e, por fim, destruir" o grupo sunita extremista.

A mobilização começou a ser concretizada na segunda-feira em Paris, onde, após uma reunião de três horas, 27 países ocidentais e árabes e três organizações internacionais destacaram que o Daesh (acrônimo árabe de Estado Islâmico) é "uma ameaça não apenas para o Iraque, mas também para a comunidade internacional".

A estratégia contra o EI vai além dos ataques aéreos, ressaltou o secretário de Estado americano, John Kerry, que terminou em Paris uma viagem que o levou ao Iraque, Jordânia, Arábia Saudita, Turquia e Egito.

As discussões prosseguirão na próxima sexta-feira em Nova York, em uma reunião ministerial do Conselho de Segurança da ONU.

Em Washington, a Câmara de Representantes deve debater até quarta-feira, a pedido de Obama, uma autorização ao Pentágono para equipar e armar as forças rebeldes moderadas na Síria.

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