"Um comboio se aproximava muito das forças da coalizão em At-Tanf e não respondeu a inúmeras advertências", disse um oficial (SANA/Handout/Reuters)
AFP
Publicado em 18 de maio de 2017 às 17h45.
Aviões da coalizão liderada pelos Estados Unidos atacaram, nesta quinta-feira (18), um comboio pró-governo na Síria, o qual se dirigia para uma posição da coalizão perto da fronteira com a Jordânia - disseram oficiais americanos da Defesa.
"Um comboio se aproximava muito das forças da coalizão em At-Tanf e não respondeu a inúmeras advertências", disse o oficial à AFP, pedindo para não ser identificado.
"Então, finalmente, houve um ataque contra a frente desse movimento", acrescentou.
O oficial disse não ter certeza de quais forças integravam o comboio, mas declarou que "estavam, claramente, trabalhando com o governo sírio".
A base de At-Tanf é usada pelos comandos de elite americanos e britânicos e já sofreu repetidos ataques no passado.
As tentativas de deter o comboio incluíram uma comunicação com os russos - aliados do governo sírio - e uma "demonstração de força aérea", acima desses veículos, seguida de disparos de advertência.
O funcionário afirmou também que o comboio era "significativo" em tamanho, mas que apenas os primeiros veículos foram afetados.
Depois de descrever o evento como uma "situação de escalada de força", o oficial explicou que isso não representou uma mudança estratégica para a coalizão, que segue concentrada na luta contra o grupo Estado Islâmico.
Posteriormente, a coalizão confirmou o ataque em um comunicado, indicado que ocorreu "muito no interior" de uma zona tampão no noroeste do destacamento de tropas britânicas e americanas, que treinam e aconselham as forças locais que combatem o grupo EI.
O chefe do Pentágono, Jim Mattis, destacou, por sua vez, que os Estados Unidos não estão aumentando seu papel na guerra civil síria.
"Não estamos aumentando nosso papel na guerra civil síria, mas defendemos nossas tropas", disse Mattis em uma rápida declaração, ao receber o ministro sueco da Defesa, Peter Hultqvist, no Pentágono.
"Nós nos defenderemos se as pessoas derem passos agressivos contra nós. Foi uma de nossas políticas durante muito tempo", acrescentou.