Estados Unidos: votação ocorreu após um longo dia de discussões no Capitólio que destacou a desgastada unidade dos democratas (AFP)
Da Redação
Publicado em 12 de dezembro de 2014 às 07h45.
Washington - A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos evitou na quinta-feira a paralisação do governo, aprovando por pouca diferença um projeto de lei sobre gastos de 1,1 trilhão de dólares, apesar de objeções do Partido Democrata a controversas provisões financeiras.
A votação ocorreu após um longo dia de discussões no Capitólio que destacou a desgastada unidade dos democratas e mostrou uma incômoda aliança entre o presidente Barack Obama e o presidente da Câmara, o republicano John Boehner, inimigos em antigas batalhas sobre o orçamento mas do mesmo lado desta vez.
A votação sobre a medida foi adiada por horas depois que os democratas se revoltaram contra provisões para reduzir parte da lei de reforma financeira Dodd-Frank e permitir mais grandes doações políticas, enquanto os republicanos eram contra porque a medida não bloqueava fundos para o decreto de imigração de Obama.
Na votação por 219 a 206, 67 republicanos rejeitaram o projeto de lei sobre gastos, devido principalmente ao fato de não tomar ações para impedir o decreto de imigração de Obama. Mas isso foi compensado por 57 democratas que votaram a favor.
Pouco após a aprovação, tanto a Câmara quanto o Senado aprovaram uma extensão de 48 horas para dar ao Senado mais tempo para avaliar a medida. O líder democrata no Senado, Harry Reid, disse que o tema será debatido na sexta-feira.
Se aprovado pelo Senado, o projeto de lei financia todas as agências governamentais até setembro de 2015, exceto o Departamento de Segurança Interna, cujo financiamento seria prolongado apenas até 27 de fevereiro.
Os republicanos pretendem negar fundos à agência para prejudicar o decreto de Obama permitindo que milhões de imigrantes sem documentos fiquem e trabalhem nos EUA.