Hackers: a nova estratégia reforçará a cooperação internacional e de agências federais para prevenir as tentativas de roubo de segredos comerciais (Simon Stratford)
Da Redação
Publicado em 20 de fevereiro de 2013 às 20h54.
Washington - O Governo americano apresentou nesta quarta-feira uma estratégia integral para lutar contra a espionagem industrial e os ataques cibernéticos contra o país que ameaçam os direitos de propriedade e segredos de empresas.
O procurador-geral dos Estados Unidos, Eric Holder, detalhou hoje na Casa Branca uma estratégia para "combater o roubo de segredos comerciais" por parte de atores estrangeiros, pouco depois da onda de ataques atribuídos à China contra empresas tecnológicas e meios de comunicação.
Holder assegurou que há países e entidades estrangeiras "que querem aproveitar-se dos altos níveis de inovação e investimento" dos Estados Unidos e lembrou que através da internet "um hacker na China pode roubar segredos na Virgínia" no valor de milhões de dólares "sem sair de sua mesa".
A nova estratégia reforçará a cooperação internacional e de agências federais para prevenir as tentativas de roubo de segredos comerciais e considera também reforçar as restrições sobre produtos e serviços originados desse tipo de furto.
Segundo o vice-secretário de Crescimento Econômico do Departamento de Estado, Robert Hormats, este plano fortalecerá a ação diplomática para "dar sinais claros" a outras nações que evitar o roubo de segredos é a "prioridade" dos EUA.
A estratégia propõe dificultar a entrada de bens e serviços estrangeiros que foram desenvolvidos mediante o roubo de segredos comerciais e destaca a importância da proteção de propriedade intelectual através de acordos comerciais bilaterais.
A apresentação desta estratégia, na qual também estiveram presentes a coordenadora de Propriedade Intelectual da Casa Branca, Victoria Espinel, e a subsecretária de Comércio, Rebecca Blank, aconteceu uma semana depois que o presidente Barack Obama assinou uma ordem executiva para reforçar a luta contra os ataques cibernéticos.
Além disso, ocorreu pouco depois do anúncio de ataques atribuídos à China a empresas como Facebook, Apple e Twitter com a tentativa de espionar dentro de equipes dessas companhias.
A estratégia para lutar contra o roubo de segredos comerciais pede às agências federais reforçar sua cooperação na proteção da propriedade intelectual.
Holder também lembrou que a espionagem cibernética não só põe em risco valiosos segredos comerciais, que impactam a competitividade de empresas, empregos e a toda a economia americana, como enfraquece a segurança nacional em setores estratégicos.