Essequibo: Guiana e Venezuela disputam território com riquezas naturais (PATRICK FORT/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 7 de dezembro de 2023 às 12h52.
Última atualização em 7 de dezembro de 2023 às 12h55.
Os Estados Unidos farão exercícios aéreos militares na Guiana, em meio às tensões entre Georgetown e Caracas por uma disputa territorial e após o desaparecimento de um helicóptero guianense na fronteira com a Venezuela, anunciou a embaixada americana nesta quinta-feira.
— Hoje o secretário de Estado Antony Blinken conversou com o presidente Mohame sobre o nosso apoio à soberania da Guiana e a nossa sólida cooperação econômica e de segurança. Esperamos continuar a nossa forte parceria assim que a Guiana aderir ao Conselho de Segurança em 2024 — disse o porta-voz americano Matthew Miller.
Além deste exercício, os Estados Unidos afirmaram que continuarão com a colaboração com o governo da Guiana nas áreas de preparação para desastres, segurança aérea e marítima e combate às organizações criminosas transnacionais.
"Os EUA continuarão o seu compromisso como parceiro de segurança confiável da Guiana e na promoção da cooperação regional e da interoperabilidade", afirmou a embaixada norte americana.
O Exército brasileiro enviou 28 blindados para Pacaraima, em Roraima, em meio à tensão na fronteira devido à disputa entre Venezuela e Guiana pela região de Essequibo, rica em petróleo. A expectativa é que a situação não se agrave, mas a instituição se prepara para reforçar a presença no local.
De acordo com o ministro da Defesa, José Mucio, o deslocamento das unidades já "estava planejado" para dar apoio a operações de "combate ao garimpo ilegal", mas as unidades blindadas também poderão ser usadas para garantir a segurança na região.
A lista de blindados inclui 16 unidades do modelo Guaicuru (viaturas blindadas multitarefa 4x4), seis Guaranis (viatura blindada de transporte de pessoal, anfíbia e com capacidade para transportar até 11 militares), e seis Cascavel (blindado que possui como armamento principal um canhão 90 mm e como armamento secundário duas metralhadoras 7,62 mm, sendo uma antiaérea e outra coaxial ao canhão, além de seis lança-fumígenos).
Os equipamentos sairão de unidades no Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul, onde ficam armazenados, segundo o Estadão. O tempo de transporte deve ser 20 dias até Boa Vista, segundo as Forças Armadas.
Recentemente, o Exército brasileiro aumentou para 130 o efetivo para patrulhamento na fronteira com a Venezuela. O Pelotão Especial de Fronteira de Pacaraima, em Roraima, que normalmente opera com 70 homens, ganhou o reforço de mais 60 militares na semana passada.
A ampliação do efetivo faz parte da ativação do 18º Regimento de Cavalaria Mecanizado (18° R C Mec) com sede em Boa Vista, Roraima, a partir da transformação do 12º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado (12° Esqd C Mec).