Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden (Bloomberg / Colaborador/Getty Images)
AFP
Publicado em 21 de fevereiro de 2022 às 20h33.
Os Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira (21) sanções contra territórios rebeldes reconhecidos pela Rússia no leste da Ucrânia e alertaram que estão prontos para outras medidas, se necessário.
O presidente Joe Biden emitirá uma ordem executiva para "proibir novos investimentos, comércio e financiamento de pessoas dos EUA para, de ou nas chamadas regiões DNR [Donetsk] e LNR [Lugansk] da Ucrânia", disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki.
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A funcionária detalhou que essas medidas "são independentes e se somariam às medidas econômicas rápidas e severas" que Washington tem "preparadas em coordenação" com seus aliados ocidentais, "se a Rússia invadir ainda mais a Ucrânia".
Além disso, a Casa Branca classificou o reconhecimento da Rússia da independência das regiões separatistas da Ucrânia como uma "violação flagrante" de seus compromissos internacionais.
O anúncio do presidente russo, Vladimir Putin, ocorre enquanto os ocidentais temem uma invasão iminente da Ucrânia, em cuja fronteira foram posicionados mais de 150.000 soldados russos, que estão em compasso de espera há cerca de duas semanas, segundo Washington.
Os territórios separatistas de Donetsk e Lugansk já possuíam relações extremamente limitadas com os Estados Unidos, mas estas sanções anunciam uma nova fase que poderia derivar no enfrentamento mais perigoso entre o Ocidente e Moscou desde a queda da União Soviética.
As sanções transformarão Moscou em um "pária para a comunidade internacional", advertiu na sexta-feira um alto funcionário do governo dos Estados Unidos.
A Rússia ficará "isolada dos mercados financeiros mundiais e privada dos aportes tecnológicos mais sofisticados", acrescentou.
Washington também assinalou em diversas ocasiões que o gasoduto Nord Stream 2, que une a Rússia com a Alemanha por via marítima, não entrará em funcionamento se Moscou atacar a Ucrânia.
A Casa Branca também informou sobre um telefonema de 30 minutos entre Biden, o presidente francês, Emmanuel Macron, e o chanceler alemão, Olaf Scholz, que ocorreu depois do pronunciamento de Putin.