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EUA ameaçam com sanções entidades financeiras que ajudem Maduro

Se os Estados Unidos decidirem tornar sua ameaça realidade, o impacto poderia ser sentido em bancos russos e chineses

Donald Trump e os EUA foram a primeira nação a reconhecer Guaidó como líder (Chip Somodevilla/Getty Images)

Donald Trump e os EUA foram a primeira nação a reconhecer Guaidó como líder (Chip Somodevilla/Getty Images)

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EFE

Publicado em 6 de março de 2019 às 15h35.

Washington, 6 mar (EFE).- O governo dos Estados Unidos ameaçou nesta quarta-feira com sanções as entidades financeiras internacionais que não mudarem seu comportamento e seguirem ajudando economicamente o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.

Em comunicado, o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, anunciou que seu governo enviou uma notificação formal aos bancos que se encontram fora dos EUA e que estão financiando o governo de Maduro.

"Os EUA estão enviando advertências às instituições financeiras estrangeiras de que estarão sujeitas a sanções se estiverem envolvidas em transações financeiras ilegítimas que beneficiem Nicolás Maduro e sua rede de corrupção", disse Bolton.

"Não permitiremos que Maduro roube a riqueza do povo da Venezuela", acrescentou o conselheiro de Donald Trump.

Se os Estados Unidos decidirem tornar sua ameaça realidade, o impacto poderia ser sentido em bancos russos e chineses, que emprestaram dinheiro ao governo de Maduro no passado.

Segundo Bolton, o objetivo dessas iniciativas de pressão econômica e diplomática é "apoiar firmemente a transição democrática" na Venezuela e o líder opositor Juan Guaidó, que se autodeclarou presidente em janeiro e obteve o apoio de mais de 50 países.

As declarações de Bolton supõem o último passo na campanha de pressão americana contra Maduro, que está no poder desde 2013 e em 10 de janeiro voltou a assumir a presidência como resultado de eleições realizadas em maio de 2018 e não reconhecidas por parte da comunidade internacional.

Após a posse de Maduro, Guaidó invocou em 23 de janeiro alguns artigos da Constituição venezuelana para reivindicar que, como presidente do parlamento, tinha a autoridade para se declarar presidente interino do país ao considerar que Maduro está "usurpando" a presidência.

Os EUA foram a primeira nação a reconhecer Guaidó como líder e, desde então, Washington tomou diversas ações para pressionar Maduro: desde restrições de vistos a funcionários venezuelanos até sanções à empresa Petróleos de Venezuela (PDVSA), uma das principais fontes de divisas do país sul-americano.

Além disso, os EUA estão avaliando a possibilidade de impor sanções secundárias às companhias que negociem com empresas controladas por Maduro, como os EUA fez no caso das companhias estrangeiras que compravam petróleo do Irã. EFE

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