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EUA alertam para interferência da China em Hong Kong

Reino Unido devolveu Hong Kong à China mediante a um acordo que garante a preservação de suas liberdades, sistema legal independente e autonomia ampla

Bandeira de Hong Kong: comissão exortou uma nova investigação do Departamento de Estado dos EUA sobre a autonomia e as liberdades de Hong Kong (Getty Images)

Bandeira de Hong Kong: comissão exortou uma nova investigação do Departamento de Estado dos EUA sobre a autonomia e as liberdades de Hong Kong (Getty Images)

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Reuters

Publicado em 17 de novembro de 2016 às 10h45.

Última atualização em 17 de novembro de 2016 às 13h16.

Hong Kong - Uma comissão do Congresso dos Estados Unidos alertou para um aumento "alarmante" da interferência da China em Hong Kong, sublinhando tais temores devido ao papel preponderante da ex-colônia britânica como polo financeiro global.

Em seu relatório anual ao Congresso, apresentado na quarta-feira, a bipartidária Comissão de Análise Econômica e de Segurança EUA-China enfatiza o sequestro e a detenção "arrepiantes" de cinco livreiros sediados em Hong Kong, além da pressão na mídia e nas liberdades acadêmicas.

O Reino Unido devolveu Hong Kong à China em 1997 mediante o acordo "um país, dois sistemas", que garante a preservação de suas liberdades, sistema legal independente e autonomia ampla.

Em uma seção detalhada de 33 páginas, a comissão exortou uma nova investigação do Departamento de Estado dos EUA sobre a autonomia e as liberdades de Hong Kong, além de uma supervisão congressional constante.

"A condição tradicional de Hong Kong como um polo financeiro global tem implicações econômicas significativas para os Estados Unidos, já que os laços comerciais e de investimentos dos EUA com Hong Kong são substanciais", nota o relatório.

O documento diz que a detenção de cinco livreiros - incluindo dois cidadãos estrangeiros e um que foi sequestrado dentro de Hong Kong - ampliou os temores domésticos de uma intromissão chinesa e levou a um comparecimento recorde na eleição legislativa de setembro.

"Este incidente ameaçou a manutenção da estrutura 'um país, dois sistemas' e levou alguns observadores a questionar o status de Hong Kong como polo financeiro global de destaque", alerta o relatório.

"A eleição ocorreu tendo como pano de fundo um aumento alarmante da interferência do continente em Hong Kong".

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