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EUA alegam que Coreia do Norte violou armistício com o Sul

Guardas da fronteira teriam ultrapassado a linha que divide as duas Coreias e efetuaram disparos contra um desertor

Soldado norte-coreano desertor: revelação veio nove dias depois da dramática deserção do soldado na Área de Segurança Conjunta (Hwang Gwang-mo/Reuters)

Soldado norte-coreano desertor: revelação veio nove dias depois da dramática deserção do soldado na Área de Segurança Conjunta (Hwang Gwang-mo/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de novembro de 2017 às 06h35.

Suwon, Coreia do Sul - A Coreia do Norte violou o armistício que encerrou a Guerra da Coreia na década de 1950 quando guardas de fronteira, numa perseguição a um soldado que desertou para a Coreia do Sul na semana passada, ultrapassaram a linha que divide as duas Coreias e efetuaram disparos, revelou uma investigação liderada pelos EUA.

A conclusão, junto com um vídeo do incidente, foi divulgada nesta quarta-feira em Seul pelo Comando da Organização das Nações Unidas (ONU), entidade que assinou o armistício que deu fim às hostilidades da Guerra da Coreia em 1953.

Chad Carroll, porta-voz do Comando da ONU, informou que o órgão notificou a Coreia do Norte da violação e solicitou uma reunião para discutir o incidente.

A revelação veio nove dias depois da dramática deserção do soldado na Área de Segurança Conjunta, o ponto mais sensível da fortemente vigiada fronteira entre as Coreias.

Guardas norte-coreanos dispararam contra o soldado quando ele correu em direção à Coreia do Sul. O soldado foi atingido ao menos cinco vezes e sofreu graves ferimentos.

Forças sul-coreanas e dos EUA transportaram o soldado, cujo nome não foi revelado, de helicóptero ao hospital da Universidade Ajou, em Suwon, cidade ao sul de Seul.

O soldado passou por várias cirurgias e está aparentemente sofrendo de depressão e transtorno de estresse pós-traumático, segundo o médico responsável por seu tratamento.

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