Os Estados Unidos prometeram aumentar a pressão para que Assad deixe o poder (AFP)
Da Redação
Publicado em 16 de maio de 2012 às 09h58.
Washington - Os rebeldes sírios receberam um fluxo de armas, incluindo armas antitanques para sua luta contra o regime de Bashar al-Assad, em um esforço coordenado com a ajuda dos Estados Unidos, informa nesta quarta-feira o The Washington Post.
Funcionários do governo americano de Barack Obama insistem que não estão fornecendo armas ou fundos de forma direta, e que os estados do Golfo pagam pelos equipamentos, afirma o jornal, que cita fontes americanas e estrangeiras.
Mas Washington avançou nos vínculos com os rebeldes sírios e com os militares regionais aliados a eles, jogando um papel na rede de apoio internacional aos insurgentes, acrescenta o jornal.
"Estamos aumentando nossa ajuda não letal à oposição síria, e seguimos coordenando nossos esforços com amigos e aliados na região e fora dela para ter o maior impacto no que fazemos de forma coletiva", disse ao Post um funcionário do alto escalão do Departamento de Estado sob condição de anonimato.
A ação do governo americano para aumentar os contatos com os rebeldes e impulsionar o intercâmbio de informação com os países do Golfo que os apoiam significa uma mudança na política que até agora havia resistido a apoiar abertamente os grupos armados que combatem as forças de Assad, indicou o jornal.
Funcionários americanos afirmaram na terça-feira que criticavam a escalada de violência na Síria, após a explosão de uma bomba em frente a um comboio da ONU, enquanto ocorria um novo massacre realizado pelas forças do regime.
A revolta contra o governo sírio entrou em seu 15º mês, com um saldo de mais de 12.000 mortos e crescentes temores sobre um fracasso do plano de paz apoiado pela ONU.
Os Estados Unidos prometeram aumentar a pressão para que Assad deixe o poder e o tema será tratado na próxima reunião da Otan em Chicago, ao mesmo tempo em que convocam Damasco a implementar o plano impulsionado pelo emissário da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan, para pôr fim à crise.