Putin e Kim (Agence France-Presse/AFP Photo)
Agência de notícias
Publicado em 23 de outubro de 2024 às 08h46.
Última atualização em 23 de outubro de 2024 às 08h50.
Os EUA afirmaram que confirmaram informações de inteligência de que a Coreia do Norte enviou soldados para a Rússia. A confirmação, primeiro reconhecimento oficial de Washington sobre o caso, foi feita pelo secretário de Defesa americano, Lloyd Austin, que classificou o caso como uma "escalada muito séria", com possíveis ramificações na Europa e na Ásia.
"O que exatamente eles estão fazendo [na Ucrânia]?", disse Austin a repórteres em uma base militar na Itália nesta quarta-feira, 23, sem detalhar o número de tropas que já estavam lá ou o número esperado para chegar. "Ainda está para ser visto".
A declaração ocorre enquanto autoridades de inteligência americanas disseram que estavam se preparando para liberar informações de inteligência, incluindo fotografias de satélite, que mostram navios com tropas se movendo da Coreia do Norte para áreas de treinamento em Vladivostok, na costa leste da Rússia, e outros territórios russos mais ao norte. Nenhuma tropa chegou à Ucrânia ainda, disseram as autoridades de inteligência.
Por duas semanas, houve relatos de movimentos, alimentados pelos governos ucraniano e sul-coreano, de que mais de 12 mil norte-coreanos estavam treinando para lutar ao lado de soldados russos. Autoridades americanas disseram que estimam que cerca de 2,5 mil soldados norte-coreanos foram despachadas até agora.
Não há nenhuma estimativa de Washington sobre quantos desses soldados seguiriam para a Ucrânia. Não houve nenhum comentário imediato do Kremlin. A Rússia negou anteriormente relatos anteriores sobre a presença de tropas da Coreia do Norte.