Mundo

EUA acusam Frente Al-Nusra por captura de capacetes azuis

Estados Unidos acusaram o braço sírio da Al Qaeda de ser responsável pela captura de 43 capacetes azuis da ONU nas Colinas de Golã

Jornalista colhe informações com rebeldes líbios na linha de frente (Etienne de Malglaive/AFP)

Jornalista colhe informações com rebeldes líbios na linha de frente (Etienne de Malglaive/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2014 às 09h27.

Washington - Os Estados Unidos acusaram nesta quinta-feira o braço sírio da Al Qaeda, a Frente Al-Nosra, de ser responsável pela captura de 43 capacetes azuis da ONU nas Colinas de Golã, entre a Síria e Israel.

O departamento de Estado americano pediu em um comunicado a "libertação imediata e incondicional" dos membros da missão de paz da ONU na região.

Os Estados Unidos "condenam energicamente" a detenção dos 43 soldados de Fiji e a "violência dirigida contra a UNDOF (Força das Nações Unidas de Observação da Fronteira bilateral) nas colinas de Golã em ação de grupos armados, entre eles a Frente Al-Nosra, designada pelo Conselho de Segurança da ONU como um grupo terrorista".

"Reiteramos nosso pleno apoio à Força da ONU em Golã para a preservação do cessar-fogo na região, além de nossa gratidão aos soldados pacificadores pela coragem com que exercem esta missão", disse a porta-voz do departamento de Estado Jennifer Psaki.

As Nações Unidas confirmaram que um grupo armado capturou nesta quinta-feira 43 capacetes azuis no lado sírio das Colinas de Golã. Outros 81 militares da ONU, todos filipinos, estão retidos entre duas localidades da região.

"Quarenta e três capacetes azuis da Força de Observadores da Nações Unidas foram detidos hoje cedo por um grupo armado nas proximidades de Al Qunaytirah", afirma um comunicado.

Além dos militares de Fiji, outros cinco países contribuem com homens para esta força: Índia, Irlanda, Nepal, Holanda e Filipinas.

As fontes da ONU informaram que observadores desta força já haviam sido detidos duas vezes no ano passado e posteriormente libertados ilesos.

Segundo a porta-voz da ONU Stéphane Dujarric, os capacetes azuis foram capturados em meio a violentos combates entre o Exército sírio e grupos armados da oposição.

O incidente ocorreu na região de Al-Qunaytirah, na zona de separação delimitada em 1974 entre Síria e Israel e patrulhada pela a la UNDOF.

O Conselho de Segurança acusou grupos "terroristas e membros de grupos armados instáveis" pelo sequestro, sem dar detalhes.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, "condenou energicamente a detenção" dos capacetes azuis de Fiji e pediu a "suspensão das restrições" de deslocamento dos 81 soldados filipinos.

Em entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira, o presidente americano, Barack Obama, sinalizou que não há planos de ataques imediatos dos Estados Unidos na Síria e admitiu que Washington ainda está desenvolvendo uma estratégia para lidar com o conflito nessa região.

"Não quero colocar o carro na frente dos bois. Ainda não temos uma estratégia", disse Obama à imprensa, explicando que os Estados Unidos "não têm de escolher" entre o presidente sírio, Bashar al-Assad, e os combatentes do Estado Islâmico (EI).

"Precisamos de um projeto claro", insistiu, prometendo consultar o Congresso sobre o tema.

Acompanhe tudo sobre:Al QaedaEstados Unidos (EUA)IslamismoPaíses ricosSíriaTerrorismo

Mais de Mundo

Putin pede desculpas por queda de avião da Azerbaijan Airlines

Crise política afeta economia da Coreia do Sul

Geórgia se prepara para a posse de um presidente com posições ultraconservadoras e antiocidentais

Ataques israelenses matam ao menos 48 pessoas na Faixa de Gaza nas últimas 24h