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EUA acusa Irã de ataque cibernético contra a campanha de Donald Trump

Autoridades de inteligência dos EUA alertam sobre as crescentes tentativas do Irã de interferir nas eleições de 2024 através de ataques cibernéticos e operações de influência

Campanha de Donald Trump foi alvo de um 'agressivo ataque', segundo inteligência dos Estados Unidos.

Campanha de Donald Trump foi alvo de um 'agressivo ataque', segundo inteligência dos Estados Unidos.

Fernando Olivieri
Fernando Olivieri

Redator na Exame

Publicado em 20 de agosto de 2024 às 08h31.

Autoridades de inteligência dos Estados Unidos confirmaram na segunda-feira, 19,  que o Irã está por trás do recente ataque hacker da campanha presidencial de Donald Trump. De acordo com a declaração conjunta do FBI, do Escritório do Diretor de Inteligência Nacional e da Agência de Segurança Cibernética e de Infraestrutura, o Irã intensificou suas atividades cibernéticas durante o ciclo eleitoral de 2024, com ações cada vez mais agressivas. As informações são do Financial Times.

As agências de segurança dos EUA afirmam que o Irã vê as eleições de novembro como "particularmente decisivas" para seus interesses de segurança nacional, o que explicaria a motivação por trás dos ataques cibernéticos e das operações de influência política. O objetivo do Irã, segundo os oficiais, é interferir na política americana, manipulando o cenário político através de ações clandestinas.

A declaração das agências norte-americanas parece confirmar as alegações feitas pela campanha de Trump no início deste mês, que denunciou o ataque cibernético de uma série de e-mails internos por parte de Teerã. A campanha de Trump alegou que essa invasão tinha o claro objetivo de prejudicar sua corrida presidencial.

Essas atividades cibernéticas iranianas marcam uma nova fase na guerra cibernética global, onde nações como o Irã utilizam o ciberespaço para promover seus interesses estratégicos. O envolvimento do Irã em operações cibernéticas não é novidade, mas o aumento da agressividade e a escolha do ciclo eleitoral dos EUA como alvo central indicam uma escalada significativa.

A interferência estrangeira nas eleições americanas tornou-se uma preocupação crescente nos últimos anos, com a lembrança vívida das tentativas da Rússia de influenciar as eleições de 2016 ainda presente na mente dos eleitores e dos legisladores. Agora, com o Irã tomando medidas semelhantes, os Estados Unidos enfrentam desafios cada vez mais complexos para garantir a integridade de seu processo eleitoral.

Aumento da defesa dos candidatos

O governo dos EUA está intensificando suas medidas de segurança cibernética para proteger o ciclo eleitoral de 2024, mas as atividades do Irã destacam a vulnerabilidade contínua das campanhas políticas e das infraestruturas eleitorais. As agências de inteligência e segurança dos EUA estão monitorando de perto essas atividades, e qualquer tentativa adicional de interferência será tratada com a máxima seriedade.

Enquanto isso, a campanha de Trump, assim como outras campanhas políticas, está sendo alertada para aumentar suas próprias defesas cibernéticas e estar atenta a quaisquer sinais de intrusão. A ameaça iraniana é um lembrete claro de que a segurança cibernética continua a ser uma das principais frentes de batalha na política internacional.

As próximas semanas serão críticas, à medida que as agências de segurança dos EUA trabalham para impedir novas tentativas de interferência e garantir que o processo eleitoral transcorra sem maiores incidentes. A vigilância contínua e a cooperação internacional serão essenciais para enfrentar essa nova realidade de ameaças cibernéticas cada vez mais sofisticadas.

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