Hackers: os funcionários obtiveram credenciais de login e enviaram e-mails de voluntários e funcionários da campanha de Hillary (Clodagh Kilcoyne/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 13 de julho de 2018 às 14h34.
Última atualização em 13 de julho de 2018 às 14h53.
Washington - Doze funcionários da inteligência russa foram acusados nesta sexta-feira de hackear o Comitê Nacional Democrata e a campanha da candidata democrata à presidência em 2016, Hillary Clinton, e distribuir e-mails roubados, de acordo com uma acusação obtida pelo escritório do conselheiro especial Robert Mueller, que investiga a interferência russa na eleição presidencial americana de 2016.
Os funcionários enviaram e-mails de voluntários e funcionários da campanha de Hillary, obtiveram credenciais de login e os usaram para monitorar secretamente a atividade de computadores de "dezenas de funcionários", disse o Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ, na sigla em inglês).
O vice-procurador-geral dos EUA, Rod Rosenstein, que é o segundo no comando do DoJ, anunciou as acusações em uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira, ao dizer que "a internet permite que adversários estrangeiros ataquem os EUA de maneiras novas e inesperadas". Ele disse, ainda, que o presidente americano, Donald Trump, foi avisado sobre o relatório antes de viajar para a Europa.
A investigação de Mueller abriu processos contra 20 pessoas e três empresas até o momento e obteve cinco delações premiadas, inclusive do primeiro conselheiro de Segurança Nacional de Trump, Michael Flynn. Flynn se declarou culpado, no ano passado, de mentir para o FBI, a polícia federal americana, sobre suas comunicações com o embaixador russo nos EUA.