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UE expressa preocupação por decisões e atitudes de Trump

Segundo o premiê de Malta, decisões tomadas pelo novo governo americano causam preocupação nos 28 Estados-membros

Joseph Muscat: "a maior ameaça é não perceber que vivemos em momentos históricos e isso requer que agir juntos" (Christian Hartmann/Reuters)

Joseph Muscat: "a maior ameaça é não perceber que vivemos em momentos históricos e isso requer que agir juntos" (Christian Hartmann/Reuters)

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EFE

Publicado em 3 de fevereiro de 2017 às 14h58.

Última atualização em 3 de fevereiro de 2017 às 15h05.

Valletta - De forma unânime, os países da União Europeia (UE) demonstraram nesta sexta-feira "preocupação" por algumas decisões e atitudes do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mas afirmaram que não há "sentimento antiamericano" no bloco, durante a cúpula informal de Valletta.

"Há preocupação nos 28 Estados-membros por algumas decisões tomadas pelo novo governo americano e por algumas atitudes adotadas por essa Administração", disse em entrevista coletiva o primeiro-ministro de Malta, Joseph Muscat, presidente rotativo da UE neste semestre.

"Não houve nenhum sentimento de antiamericanismo na cúpula, mas que temos que nos comprometer igualmente com os EUA, sem ficar calados no que se refere a princípios. Como em toda boa relação, teremos que dizer claramente quando acharmos que esses princípios são pisoteados", acrescentou.

Muscat afirmou que os líderes comunitários abordaram "muito abertamente" a relação transatlântica. Perguntado sobre se o maior perigo para o futuro da UE é Trump ou o presidente russo, Vladimir Putin, ele respondeu que "a maior ameaça é que não perceber que vivemos em momentos históricos e isso requer que agir juntos".

Ao ser questionado se a UE espera um papel especial do Reino Unido na relação com os Estados Unidos, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, disse que a intenção é manter "uma amizade e a relação transatlântica o mais forte possível".

"O Reino Unido pode, dentro ou fora da UE, ser muito útil, e não tenho dúvidas depois das discussões de hoje e do que foi dito por Theresa May (primeira-ministra britânica)", analisou.

Tusk afirmou que há "certo espírito de solidariedade entre os 28 Estados-membros", o que qualificou como "bom", assim como uma "forte vontade de proteger a relação com os EUA, a liberdade transatlântica e a ordem internacional".

"Estamos verdadeiramente determinados a isso, Theresa May e os demais primeiros-ministros, toda a UE. Para todos nós, esta é a maior prioridade política, proteger as nossas relações com os Estados Unidos", declarou.

O presidente do Conselho Europeu também ressaltou que as partes possuem "diferentes temperamentos, diferentes formas de se expressar, mas uma só meta, proteger à UE e a dignidade europeia".

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