Representantes do ETA: relatório ressalta que cerca de 500 membros do ETA foram detidos desde 2007, entre eles 12 no ano passado (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 30 de abril de 2014 às 14h29.
Washington - Os Estados Unidos apontaram em seu relatório anual sobre terrorismo que, segundo seus cálculos, o ETA não conta com mais de cem membros, embora lembra que o grupo terrorista ainda não se dissolveu formalmente apesar da cessação da violência.
O relatório ressalta que cerca de 500 membros do ETA foram detidos desde 2007, entre eles 12 no ano passado, o que deixaria o grupo com cerca de 100 membros e outros 750 atualmente presos em centro espanhóis ou franceses.
O trecho sobre a Espanha do relatório, que analisa as tendências sobre terrorismo no mundo todo, destaca que o ETA não realiza nenhum atentado desde a cessação definitica da luta armada anunciada em outubro de 2011.
No entanto, a organização terrorista basca "não se dissolveu formalmente e nem entregou seu arsenal de armas".
O relatório de 2013 não menciona o anúncio do ETA sobre a entrega parcial de seu arsenal em fevereiro, que foi qualificado pelo governo espanhol como uma "escenação" e um passo insuficiente.
Então, na presença de membros da denominada Comissão Internacional de Verificação (COM), membros do ETA mostraram e anunciaram a destruição de quatro armas de fogo, umas 300 balas, várias granadas e material para a fabricação de explosivos e outros dispositivos, como temporizadores.
O relatório também lembra que membros foragidos do grupo mantêm uma vida discreta em Cuba e Venezuela.
O Departamento de Estado também indica que a Espanha demonstrou sua "liderança" na luta contra a lavagem de dinheiro e no financiamento do terrorismo, e intensificou a cooperação para evitar o terrorismo extremista.
Apesar disso, Washington recomenda que se acelere a aplicação de parte das regulações contidas nas recomendações do multinacional Grupo de Ação Financeira, para unificar os critérios de prevenção de lavagem de capitais.
"As regulações aumentarão amplamente a capacidade das autoridades para resistir ao financiamento terrorista, ao impor mais estritos requisitos em instituições financeiras e empresas, com mais duras penas por descumprimento e mais sólida vigilância e supervisão", assinalam as conclusões do Departamento de Estado.
Em geral, os Estados Unidos destacam que a Espanha demonstrou sua capacidade para "detectar, dissuadir e responder perante incidentes terroristas".