Angelina Jolie: "hoje eu acredito que suas vozes são ouvidas e que finalmente temos alguma esperança para oferecer a elas", disse a atriz sobre as mulheres. (REUTERS/Toby Melville)
Da Redação
Publicado em 11 de abril de 2013 às 19h13.
Londres - A atriz Angelina Jolie disse nesta quinta-feira que o estupro em zonas de guerra é passível de ser evitado e fez um apelo aos ministros de Relações Exteriores de alguns dos países mais poderosos do mundo a impulsionar os esforços para levar criminosos sexuais de guerra à Justiça.
Falando em Londres depois de uma reunião com ministros do G8, incluindo o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, e o chanceler russo, Sergei Lavrov, a atriz afirmou que o mundo precisa fazer mais para evitar tais crimes.
"Centenas de milhares de mulheres e crianças foram agredidas sexualmente, torturadas ou forçadas à escravidão sexual nas guerras de nossa geração", disse Jolie aos oito ministros e a representante especial das Nações Unidas sobre violência sexual em conflitos, Hawa Zainab Bangura.
"Hoje eu acredito que suas vozes são ouvidas e que finalmente temos alguma esperança para oferecer a elas", completou Jolie, que é embaixadora da boa vontade do alto comissariado da ONU para os refugiados.
Chanceleres do G8 concordaram em fazer um clamor para aumentar os esforços em busca de justiça para as vítimas de abuso, incluindo 35,5 milhões de dólares em financiamento para esforços de prevenção e de resposta.
"Estupro em zonas de guerra não é inevitável", disse Jolie. "Esta violência pode ser evitada, e deve ser confrontada." O ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, disse que a incidência de estupro em conflitos desde Ruanda até a Bósnia-Herzegovina foi uma das injustiças mais negligenciadas do mundo.
"Sabemos que um grande número de vítimas de violência sexual é de crianças: muitas vezes as crianças são muito jovens e, por vezes, bebês", disse Hague. "Sabemos que esta violência inflige sofrimento inimaginável, destrói famílias e comunidades."