Passagem do furacão Maria em Porto Rico. (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
EFE
Publicado em 28 de agosto de 2018 às 15h26.
Última atualização em 28 de agosto de 2018 às 15h27.
Washington - Um estudo independente da Universidade George Washington solicitado pelo governo porto-riquenho indica que 2.975 pessoas morreram entre setembro de 2017 e fevereiro de 2018 como consequência do furacão Maria em Porto Rico.
Os pesquisadores encontraram "brechas nos processos de certidão de óbito e de comunicação pública", de acordo com o documento divulgado nesta terça-feira.
No começo de agosto, o governo local reconheceu mais 1.427 mortes durante os quatro meses seguintes ao furacão. Inicialmente, apenas 64 vítimas foram oficialmente reportadas.
"Os resultados deste estudo sugerem que, tragicamente, o furacão Maria produziu um maior número de mortes em toda a ilha. Certos grupos - em áreas de baixa renda e idade avançada- encararam os maiores riscos", explicou Carlos Santos-Burgoa, pesquisador principal do instituto Milken de Saúde Pública da Universidade de George Washington, na capital dos Estados Unidos.
Como causa do baixo número de mortos reconhecidos pelas autoridades em um primeiro momento, o reporte citou "a falta de comunicação, diretrizes bem estabelecidas e falha de formação entre os médicos sobre como certificar mortes em desastres naturais".
María, que deixou grande parte de Porto Rico sem eletricidade durante meses, causou prejuízos econômicos de US$ 90 bilhões, sendo o terceiro furacão mais custoso desde 1900 nos EUA, após Harvey, que afetou o sul do Texas em 2017, e Katrina.