Início das obras do trem-bala depende de licença ambiental, que pode demorar até dois anos para ser liberada
Vanessa Barbosa
Publicado em 25 de novembro de 2010 às 21h41.
São Paulo - As obras do trem de alta velocidade entre Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro correm risco de não começar em 2011 como pretende o governo, segundo reportagem do jornal Folha de São Paulo. Isso porque o processo depende da liberação da lincença ambiental pelo IBAMA.
De acordo com o jornal - que realizou um levantamento no site do instituto sobre processos de licenciamento de ferrovias-, há uma média de um ano e meio a dois anos entre o estudo e a liberação da licença prévia.
O edital publicado ontem prevê que a assinatura do contrato com a vencedora do leilão aconteça em maio de 2011. Pelo documento, o vencedor da licitação do trem-bala só poderá começar a obra após a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) entregar a licença prévia.
Ainda segundo a Folha, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que gostaria de ver a obra pronta até a Olimpíada de 2016. E o diretor da ANTT, Bernardo Figueiredo, disse que seria possível entregar trechos para a Copa do Mundo de 2014, mas que isso ficaria a cargo do vencedor.
Ele afirmou que o governo já iniciou o processo de licenciamento e, assim que o vencedor for anunciado e entregar o traçado, no fim de dezembro deste ano, quando o leilão se encerrar, serão iniciados os estudos para a obtenção da licença. O prazo para a construção toda é de seis anos, mas a previsão é que ela possa ser feita em quatro ou cinco anos.