Brasília - A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) constatou que não existem obstáculos naturais para a implantação da Usina Hidrelétrica Teles Pires, que será construída entre os municípios de Paranaíta (MT) e Jacareacanga (PA). O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) da usina foi protocolado na sexta-feira (14), pela EPE, no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

"Na área de influência direta não são encontradas unidades de conservação e terras indígenas. Além disso, não foram registradas as presenças de comunidades quilombolas, patrimônio arqueológico e cavernas", informou a empresa. Também segundo o documento, foram identificadas 33 famílias residentes na área a ser alagada pelo empreendimento e 109 estabelecimentos rurais.

O estudo propõe programas ambientais com medidas preventivas, mitigadoras ou compensatórias para todos os impactos ambientais previstos. O regime operacional da usina será a fio d’água e, segundo a EPE, este será o maior projeto de geração de energia elétrica da Bacia do Rio Teles Pires.

A usina vai gerar 1.820 megawatts, terá um reservatório de 151,84 quilômetros quadrados e é considerada entre as melhores plantas de geração com porte equivalente no planejamento nacional. A EPE prevê que, se a licença ambiental prévia for emitida pelo Ibama ainda este ano, a hidrelétrica deverá entrar no leilão de comercialização de energia que o governo promoverá no final deste ano.

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