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Estudantes venezuelanos celebram um mês de protestos

Opositores de Nicolás Maduro convocaram uma nova marcha para amanhã, quando se completará um mês da manifestação que gerou uma onda de revoltas no país


	Manifestante anti-governo durante confronto com forças policiais: pelo menos 21 pessoas morreram e centenas ficaram feridas por causa da violência gerada por alguns dos protestos
 (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Manifestante anti-governo durante confronto com forças policiais: pelo menos 21 pessoas morreram e centenas ficaram feridas por causa da violência gerada por alguns dos protestos (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 11 de março de 2014 às 16h14.

Caracas - Estudantes opositores venezuelanos convocaram uma nova marcha para amanhã, quando se completará um mês da manifestação que gerou uma onda de protestos contra o governo e que terminou em atos de violência que deixaram três mortos.

"O movimento estudantil faz um chamado para o dia 12 de março, a um mês do Dia da Juventude e no Dia da Bandeira para concentrar toda Venezuela na Praça Venezuela. E ali marcharemos até a Defensoria Pública", disse nesta terça-feira o porta-voz da Universidade Católica Andrés Bello (UCAB), Carlos Vargas.

A plataforma opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) manifestou seu apoio à manifestação convocada pelos estudantes universitários e assegurou que sua luta é "cívica e não violenta", segundo expressou em entrevista coletiva o secretário-geral do grupo político, Ramón Guillermo Aveledo.

Vargas disse ainda que amanhã se verá "uma massa de estudantes" que têm um "objetivo bem claro", pedir ao governo soluções aos problemas do país por meio de um protesto "pacífico".

"Nossos protestos como movimento estudantil foram de forma pacífica e os que não foram estes fazem parte do sentimento de outros venezuelanos que respeitamos", afirmou Juan Quintana, porta-voz da Universidade Alejandro Humboldt.

A ONG Fórum Penal Venezuelano se reuniu em 7 de março com a procuradora-geral, Luisa Ortega, e a defensora do povo, Gabriela Ramírez, para apresentar 42 casos de supostas torturas aplicadas contra detidos nos protestos das últimas semanas.

A Venezuela enfrenta há um mês uma onda de protestos que aprofundaram a já tradicional polarização da sociedade e que em alguns casos se tornaram violentos.

Pelo menos 21 pessoas morreram e centenas ficaram feridas por causa da violência gerada por alguns dos protestos.

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