Os estudantes chilenos protestam há seis meses exigindo uma educação pública gratuita e de qualidade (Martin Bernetti/AFP)
Da Redação
Publicado em 28 de outubro de 2011 às 13h21.
Santiago - Estudantes chilenos tentaram instalar nesta sexta-feira um acampamento no leito seco do rio Mapocho, que cruza de oeste a leste a cidade de Santiago, mas foram desalojados pela polícia no que se transformou em um novo confronto, onde alguns dos jovens chegaram a se jogar na água.
Os estudantes instalaram mais cedo no leito do rio algumas barracas com o objetivo de fazer uma ocupação pacífica do local, nos arredores do centro de Santiago, no âmbito de seus protestos pedindo uma educação pública gratuita e de qualidade.
Mas poucos minutos depois um contingente policial rodeou o local e convidou os estudantes - um grupo não maior do que 30 pessoas - a sair do leito do rio, que nesta época do ano tem um fluxo menor de água.
Um grupo de policiais desceu até o local se lançou contra alguns estudantes que já se encontravam na água. A situação foi finalmente controlada e os estudantes foram retirados do local.
O comandante da polícia, Mario Rozas, justificou a ação policial na proteção dos menores, enquanto os estudantes denunciaram uma forte repressão policial.
"A ação policial nesta ocasião foi totalmente desmedida. Vimos companheiros que foram atingidos", disse o porta-voz dos estudantes, Alfredo Vielma.
O protesto, segundo os manifestantes, foi "contra a classe política chilena" e se inclui no âmbito de um extenso conflito estudantil que já dura seis meses exigindo uma educação pública gratuita e de qualidade.