Abdelaziz Bouteflika, presidente da Argélia: estudantes são contra reforma universitária (Koichi Kamoshida/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 16 de fevereiro de 2011 às 19h42.
Argel - Mais de mil estudantes concentraram-se nesta quarta-feira diante do Ministério da Educação Superior em Argel em um protesto pacífico contra um decreto presidencial que, segundo eles, desvaloriza seus estudos e títulos acadêmicos.
Os estudantes, procedentes de oito escolas superiores do país e da universidade de Boumerdès, seguraram cartazes e gritaram palavras de ordem contra a desvalorização de suas titulações.
"Escolas superiores, diplomas inferiores", "SOS, engenheiros em perigo" e "Não aceitaremos ser pisoteados", eram algumas das frases dos cartazes segurados por manifestantes.
Os estudantes reivindicam a anulação do decreto presidencial, que determina mudanças em titulações e revisa o regime de remuneração dos professores, e pedem a volta ao sistema clássico de estudos.
Representantes da população entregaram um documento com suas reivindicações aos responsáveis do Ministério da Educação Superior, no qual também reivindicam um status especial para as grandes escolas superiores do país que garanta a valorização de seus diplomas.
Na Universidade de Laghouat, centenas de estudantes também protestaram nesta quarta-feira contra o decreto presidencial e se declararam em greve, segundo a edição eletrônica do jornal "El Watan".
Por outro lado, o sindicato argelino de ensino médio e técnico Cnapest convocou para o dia 2 de março uma greve em todo o país para reivindicar aumento dos salários e melhores condições de trabalho para os professores.