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Estudantes protestam diante da sede do governo de Hong Kong

Chefe do Executivo de Hong Kong sofreu uma tentativa de cerco de estudantes em greve, que protestaram diante da sede do governo


	Estudantes da Universidade Chinesa de Hong Kong iniciam boicote de uma semana
 (Xaume Olleros/AFP)

Estudantes da Universidade Chinesa de Hong Kong iniciam boicote de uma semana (Xaume Olleros/AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2014 às 12h52.

Hong Kong - O chefe do Executivo de Hong Kong sofreu nesta terça-feira uma tentativa de cerco de estudantes em greve, que protestaram diante da sede do governo contra a decisão de Pequim de limitar o alcance do sufrágio universal.

Centenas de estudantes do movimento pró-democracia se reuniram diante do gabinete do chefe do Executivo, do conselho legislativo e dos principais ministérios da região autônoma sob administração chinesa, no bairro portuário.

Na segunda-feira, 13.000 estudantes, segundo os organizadores, faltaram as aulas no primeiro dia de uma semana de boicote nas universidades.

A China, que recuperou Hong Kong em 1997, anunciou em agosto que o futuro chefe do Executivo local será eleito por sufrágio universal a partir de 2017, mas que apenas dois ou três candidatos selecionados por um comitê poderão disputar a votação.

Uma coalizão de movimentos pró-democracia, liderada pelo grupo Occupy Central, organiza uma campanha desde então para denunciar o que muitos cidadãos do território consideram um controle cada vez maior de Pequim sobre as questões locais.

Dez estudantes tentaram cercar nesta terça-feira o chefe do Executivo da ex-colônia britânica, Leung Chun-ying, quando ele deixava o gabinete após uma entrevista coletiva.

Mas o serviço de segurança conseguiu manter os estudantes à distância.

"Isto é uma advertência. Vocês já perturbaram gravemente a ordem pública", afirmou um policial no alto-falante.

"Hong Kong nos pertence", gritaram os manifestantes como resposta.

Os estudantes esperam fortalecer o movimento democrático, apesar do líderes da campanha terem reconhecido recentemente que não existe a probabilidade de obter um recuo da China.

Vários dissidentes chineses, incluindo o ativista Hu Jia, pediram a intervenção da comunidade internacional.

"Enquanto as manifestações se intensificam contra a violação por parte de Pequim de sua promessa de autorizar o sufrágio universal, existe um risco de que o tristemente célebre massacre da Praça Tiananmen (Paz Celestial) se repita em Hong Kong", escreveram em um texto publicado no Wall Street Journal.

"Estados Unidos e a comunidade internacional têm a responsabilidade de evitar um novo massacre", completa o artigo.

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